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Um exemplo prático de acompanhamento de aprendizagem

POR:
Muriele Massucato, Eduarda Diniz Mayrink

Na semana passada, falei sobre meu jeito de acompanhar a aprendizagem dos alunos da escola que coordeno. Fiquei devendo um exemplo concreto. Aí vai ele!

Durante uma reunião de acompanhamento com uma professora do Infantil II (4 e 5anos), com 25 alunos, identificamos pelo menos 8 crianças que precisam de uma intervenção mais específica:

- 5 crianças não escrevem o nome (uma não consegue nem identificá-lo);
- 4 não recitam a série numérica e/ou não fazem contagem termo a termo;
- 3 têm desafios a superar na oralidade, como a fala infantilizada, utilizando termos como “eu quelo”, “dá pu João” ao invés de “me dá”. Outro não fala nada no grupo, somente com a professora e com um repertório muito restrito de palavras;

Algumas crianças apresentam dois ou três destes itens. Juntas, eu e a professora listamos as atividades que podem ser efetuadas em grupo, tanto agrupando-os entre eles como com os que já dominaram o conteúdo em questão e podem ajudá-los, e as que precisam de intervenções pontuais e individuais.

Por exemplo: se a questão é identificar e escrever o nome, sugiro que o professor faça um trabalho mais pontual solicitando que a criança encontre o seu nome entre dois. O educador também pode fornecer letras móveis para que sobreponha-as no cartão de chamada, depois para montar ao lado do cartão, utilizar o cartão para copiar e assim por diante.

Se a questão é contagem termo a termo, primeiro investimos na recitação da série numérica (sempre de forma lúdica) e depois nos jogos de preenchimento (1 dado, 1 tabuleiro e tampinhas para marcar), só que será jogado com o professor para que este possa ajudá-lo a estabelecer a correspondência entre apontar um objeto e nomear com um número.

O bacana é que só de compartilhar mais detalhadamente comigo o professor já passa a dar uma atenção diferenciada para a criança e muitas delas superam as dificuldades.  Toda essa conversa fica entre mim e o professor, não envolvemos a família, pois as questões são de aprendizagem e/ou interação na escola. Então, resolvemos na escola.  Compartilhar com os pais, só quando esgotamos todas as alternativas e, mesmo assim, a criança não consegue aprender.

Ah! Importantíssimo: eu registro os encaminhamentos combinados com o professor para avaliar os avanços na próxima vez que sentarmos. É assim também na sua escola? Compartilhe comigo suas experiências!

Um beijo, Leninha.