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A importância da formação externa

POR:
Muriele Massucato, Eduarda Diniz Mayrink
Para instaurar uma cultura de constante reflexão sobre a própria prática, é preciso que aconteçam tanto a formação em serviço como a formação externa

Para instaurar uma cultura de constante reflexão sobre a própria prática, é preciso que aconteçam tanto a formação em serviço como a formação externa

Estudar, se atualizar e aprimorar os afazeres com acesso a pesquisas de sua área de atuação é fundamental em toda profissão. Na Educação, essas ações podem fazer a diferença entre assegurar ou não a real aprendizagem das crianças. Portanto, é essencial que os professores e gestores estejam em constante atualização e reflexão sobre sua prática.

Para que isso aconteça, acho importante termos clareza sobre qual é o papel da formação em serviço – aquela que acontece na escola ou no órgão mantenedor dela (diretorias de ensino ou secretarias de Educação) –, e o papel da formação externa – aqui, me refiro a participação em cursos, seminários ou congressos. Certamente ambos são importantes, mas cada um tem um papel diferente.

Hoje, vou falar para vocês mais detalhadamente sobre a formação externa. Antes, no entanto, quero só adiantar e deixar claro que a formação em serviço é essencial para assegurar a qualidade da escola. Nela, a fonte dos conteúdos que serão abordados é a prática da própria escola na qual você trabalha. Nesse caso, cabe ao coordenador da instituição acompanhar cotidianamente os encaminhamentos pedagógicos para poder elaborar um diagnóstico de que rumo devem tomar os encontros de formação.

Por outro lado, participar de cursos específicos da nossa área e outras atividades que são abertas para diferentes profissionais – ainda que com um tema específico da Educação Infantil – é fundamental, pois são neles que conhecemos as pesquisas didáticas que estão ocorrendo em outras escolas, nas Universidades e em outros países.

Cada vez que participo de uma palestra com pesquisadores que compartilham seus resultados fico encantada e renovada para repensar alguns encaminhamentos didáticos. É muito bom! Há alguns anos, por exemplo, participei de uma palestra com a Heloisa Prieto, na Bienal do Livro de São Paulo, sobre a importância dos contos. A palestra durou cerca de 50 minutos, mas foi tão impactante que, a partir dela, planejei toda uma formação para qualificar a hora da história na escola.

Como sempre vou a esses eventos com um grupo de professores, coordenadores e diretores de escola, tenho a oportunidade de trocar ideias com eles e assim fazer uma reflexão coletiva sobre o que ouvimos e vimos. Essa prática é altamente formativa.

O que é importante fazer antes de participar de uma formação externa?

Primeiramente, é necessário escolher um curso que seja de seu interesse e, na sequência, se preparar para ele! Quanto mais conhecimentos prévios sobre um assunto, maior será a compreensão do conteúdo que será estudado no curso e mais efetiva pode ser a sua participação. Por isso, é importante ler artigos, textos ou entrevistas do palestrante para ampliar nossos saberes.

Estou certa de que, para que seja instaurada uma cultura de constante reflexão sobre a própria prática – inclusive a do coordenador pedagógico –, é preciso que tanto a formação em serviço como a participação em cursos e similares aconteçam, porque um completa o outro e não podemos nos fechar apenas no nosso entorno.

Nessa atividade, o coordenador pode ser um incentivador a partir do momento que participa e divulga os cursos, palestras e seminários, viabilizando a participação dos professores dentro do possível.

E vocês, coordenadores também participam de cursos, seminários e palestras fora da escola? Compartilhe conosco o impacto que teve no seu fazer profissional tais participações.

Na próxima semana, vou detalhar para vocês como penso que deve ser organizada a formação em serviço na escola.

Beijos, Leninha