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É hora de avaliar os planejamentos de 2013 com vistas para 2014!

POR:
Muriele Massucato, Eduarda Diniz Mayrink
Para não deixar que a reunião de avaliação fique só na conversa, é interessante analisar separadamente as atividades que asseguram a aprendizagem das crianças de cada nível

Para não deixar que a reunião de avaliação fique só na conversa, é interessante analisar separadamente as atividades que asseguram a aprendizagem das crianças de cada nível

Final de ano é tempo de avaliar as atividades planejadas, apontar o que foi bacana e deve continuar, o que precisa ser melhorado ou aperfeiçoado ou, ainda, se algumas situações didáticas precisam ser substituídas. Isso tudo sempre considerando se as crianças estão aprendendo em contextos de práticas sociais reais.

Vou exemplificar para vocês com as situações didáticas de leitura. Primeiramente, é preciso analisar as pautas de observação que registram as aprendizagens. Como foi o avanço de cada turma? Depois, o grupo de professores pode avaliar se os tipos de textos utilizados para organizar as situações de leitura foram facilitadores dos procedimentos, considerando que os pequenos precisam de alguns indícios (contexto material ou contexto verbal) para que façam a leitura. Outra reflexão: será que o planejamento está descrevendo com clareza o papel do professor e o protagonismo das crianças nessas atividades?

São análises dessa natureza que devem nortear a avaliação dos planejamentos neste final do ano.

Qual é o papel do coordenador pedagógico?

No fechamento do ano, cabe ao coordenador organizar as reuniões de avaliação dos planejamentos e divulgar para os professores quais serão as pautas a serem discutidas. Quando falo organizar, quero dizer antecipar os fazeres dos professores, elencar qual vai ser o foco de reflexão e como será sistematizado o que for discutido.

Não significa que tudo o que já foi revisto e definido em outras reuniões precisa voltar para a pauta, mas sim que é preciso selecionar as situações didáticas ou momentos da rotina que não funcionaram muito bem e, por tanto, precisam ser repensados. A dica que eu dou a vocês é que esse trabalho deve ser pontual, pois só assim a reunião será produtiva e não fica na conversa pela conversa.

Para isso, é importante reler todos os planejamentos e as anotações feitas ao longo dos meses. Isso será necessário para definir o que precisa ser refletido coletivamente.

Como otimizar as reuniões

Como o foco aqui é analisar as atividades que asseguraram a aprendizagem das crianças de cada nível, é mais pertinente que participe da reunião apenas quem de fato esteve envolvido com os planejamentos em questão. Portanto, acho que a melhor forma é marcar encontros apenas com professores da turma de 5 anos, depois com os de 4, e assim por diante.

Além disso, temos que lembrar que o final de ano também é hora de escrita de relatórios e organização de vários aspectos da sala de aula e preparação da reunião de pais. E não queremos que nenhum professor fique sobrecarregado, não é mesmo? Por isso, é indicado dividir o grupo de professores com tarefas diferentes.

A sistematização das reflexões

É normal que muitas mudanças ocorram de um ano para o outro. Chegam novos professores, alguns mudam de turma, entre outras alterações. Sendo assim, é preciso deixar registrado o que o grupo que trabalhou com as diferentes situações didáticas avaliou, quais atividades cumpriram seu papel na aprendizagem das crianças e quais precisarão ser replanejadas.

Como o trabalho é coletivo, a sistematização também deve ser compartilhada. Acho mais fácil verificar no grupo qual professor tem mais facilidade de digitar e, enquanto eu coordeno a reunião, pedir a ele que anote o que foi bacana ou o que precisa ser melhorado (de preferência, com outra cor de letra) em cima do planejamento.

Enfatizo que agora não é hora de reescrever! É hora de anotar comentários como: “trocar as poesias por parlendas”, “começar o projeto no mês de abril”, “escrever melhor as orientações didáticas, pois nas atividades de leitura pelas crianças ainda não está claro quais são as intervenções do professor”, entre outros.

No próximo ano, o grupo de professores que utilizará tal planejamento efetuará as escritas que se fizerem necessárias.

Com esse trabalho, eu asseguro que as situações didáticas foram avaliadas por quem realmente colocou a mão na massa e que elas serão reescritas por quem vai utilizá-las.

E vocês, coordenadores, como organizam as avaliações dos planejamentos?

Um beijo, Leninha Ruiz.