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Minha experiência como orientadora do Pnaic

POR:
Muriele Massucato, Eduarda Diniz Mayrink
Até agora, participei de cinco encontros de formação com a Universidade Federal de São Carlos e dei 80 horas de formação para professoras alfabetizadoras

Até agora, participei de cinco encontros de formação com a Universidade Federal de São Carlos e dei 80 horas de formação para professoras alfabetizadoras

Hoje, vou contar a minha experiência como orientadora de estudo do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (Pnaic) da Diretoria de Ensino (DRE) de Taquaritinga, em São Paulo. Fui escolhida para essa função, que se responsabiliza por dar formação para os professores alfabetizadores, neste ano, em convite feito pela DRE. Eles me disseram que eu tinha o perfil para ser orientadora. Por isso, recebi formação e também fiz formação para um grupo de 15 professoras.

Antes, uma palavrinha sobre o Pnaic. Para nós, que estamos acostumados com projetos ou programas, a palavra pacto, do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (Pnaic), soa bastante forte, porque ela carrega a ideia de que todos nós, brasileiros, estaremos envolvidos com a alfabetização das crianças, o que considero muito interessante. Como vocês já devem saber, o Pnaic se trata de um compromisso assumido entre os governos federal, dos estados e dos municípios para alfabetizar todos os pequenos até os 8 anos, idade que normalmente coincide com o 3º ano do Ensino Fundamental.

Entre os princípios que norteiam o pacto, estão o sistema de escrita alfabética, capacidades de leitura e de produção de textos, conhecimentos das diferentes áreas, ludicidade, alfabetização e letramento. Para o seu cumprimento, foram pensadas quatro ações centrais, listadas a seguir:

  • Formação de orientadores de estudo e de professores alfabetizadores
  • Distribuição de materiais didáticos
  • Avaliações sistemáticas
  • Gestão, mobilização e controle social

Formação para ser orientadora de estudos

Ao todo, foram cinco encontros, todos realizados na capital paulista. Nessas reuniões, tivemos formação na área de Língua Portuguesa pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR). O primeiro encontro durou cinco dias e os outros, três.

O grupo do qual participei foi composto por 25 pessoas, entre elas coordenadores pedagógicos, coordenadores do núcleo pedagógico das DREs e diretores de escolas. Detalhe: somente eu era do interior do estado; os outros eram todos da Grande São Paulo.

Para mim, essas formações foram muito proveitosas, pois me possibilitam ter contato com a universidade, retomar conceitos teóricos, discutir sobre diferentes concepções de alfabetização, debater sobre práticas de alfabetização e, principalmente, trocar experiências com colegas de outras DREs.

Em 2014, a formação continuará, mas com o foco na Matemática.

O que é ser orientadora de estudos dos professores alfabetizadores

Considero a implantação do Pnaic um momento histórico muito importante para o nosso país e, por isso mesmo, percebo minha responsabilidade como orientadora de estudos.

O grupo com o qual eu trabalhei era formado por 15 professoras alfabetizadoras de 1º e 2º anos. Estivemos juntas durante 80 horas, durante as quais falamos sobre teoria e prática da alfabetização, leitura, oralidade, escrita e reflexão do sistema de escrita. Posso dizer que foi uma possibilidade rica de formação, porque tive contato direto com as docentes que estão atuando e consegui fazer com que elas refletissem sobre suas práticas e, principalmente, sobre a aplicação de atividades adequadas para que os alunos avancem nas hipóteses de escrita.

Para elaborar o material para a formação, trabalhei em conjunto com outras três orientadoras. Entre as nossas fontes de apoio, estavam os cadernos do pacto para formação, disponíveis no site do MEC, e também o material do Programa Ler e Escrever. Não pudemos desconsiderar que o Estado de São Paulo já avançou muito na alfabetização devido a metas como a de alfabetizar as crianças aos 7 anos, já no final do 2º ano, e  programas como este. Por isso, ele foi muito usado por mim nos encontros, porque procurei trabalhar com as professoras os princípios do Pnaic que falam a mesma língua dele. Isso significa que não deixei de lado os conhecimentos que elas já tinham trabalho nas formações desse programa do estado.

E vocês, coordenadores, têm alguma relação com o Pnaic? Conte para nós sobre suas experiências com as formações até o momento. Mais para frente, vou compartilhar outras que tive com o pacto.

Beijos, Maria Inês