A reunião de pais é um momento importante na minha rotina de coordenadora. Nela, conheço a realidade das famílias e construo uma relação de parceria. O meu objetivo é transformar a reunião em um espaço formativo, compartilhando qual é a concepção de ensino adotada pela escola. Por isso, procuro comunicar aos pais o que os docentes estão trabalhando e a maneira como os conteúdos chegam à sala de aula.
Na escola que coordeno, os encontros ocorrem geralmente em cinco momentos: um no início do ano letivo e outros a cada final de bimestre. Antes do dia marcado, discuto a pauta com a equipe gestora, planejo os temas que serão abordados junto com os professores e preparo os materiais que irei utilizar. Esse planejamento prévio das estratégias é importante para garantir a presença, permanência e participação dos pais.
Durante o planejamento com o professor, definimos os principais assuntos que precisamos conversar com os pais, como o plano de formação dos alunos, as necessidades de aprendizagem, o desenvolvimento da criança, os momentos relevantes na rotina e as atividades realizadas. Desta forma, aproximamos os familiares do que está acontecendo na escola e conquistamos o apoio deles no acompanhamento das atividades extraclasse.
Organizar uma boa reunião depende das estratégias que utilizamos para que os pais entendam o foco do trabalho. Um exemplo prático dessa organização acontece nas classes de alfabetização. Geralmente, no início do ano, organizo um encontro para apresentar os níveis de escrita das crianças e a evolução no domínio da leitura e escrita. Em uma reunião como essa, posso selecionar como material as produções de alunos em diferentes hipóteses, vídeos de um diagnóstico de escrita realizado na sala, exemplos de atividades e textos que serão utilizados pelo professor e os objetivos que pretendemos alcançar. Em seguida, procuro esclarecer como eles podem ajudar nesse processo. Depois que comecei a realizar essas reuniões, percebi mudanças em relação à participação dos pais no acompanhamento dos filhos, além de uma melhor interação com os professores.
Outro fator importante que não posso deixar de considerar é o horário previsto para a reunião acontecer. Ele deve ser decidido levando em conta a realidade do local, as características da comunidade e a disponibilidade dos familiares. Ao levar em consideração o melhor período para todos, criamos um compromisso duradouro e produtivo entre as famílias e a escola.
E vocês, coordenadores, como organizam as reuniões de pais?
Abraços,
Eduarda