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Quem se responsabiliza pela formação do coordenador?

POR:
Muriele Massucato, Eduarda Diniz Mayrink
Com ou sem apoio da rede ou sustento num grupo de coordenadores, cada profissional precisa investir na autoformação (Foto: Shutterstock/Amy Johansson)

Com ou sem apoio da rede ou sustento num grupo de coordenadores, cada profissional precisa investir na autoformação (Foto: Shutterstock/Amy Johansson)

Dentro de uma escola, o coordenador pedagógico é o profissional que colabora e incentiva com a melhoria da qualidade do trabalho do professor. Ele incentiva o estudo, a pesquisa, a participação em formações, a discussão entre os pares, a reflexão, a observação, a experimentação e a realização de diferentes abordagens. Mas como ele pode se aperfeiçoar constantemente? Quem se responsabiliza pela formação do coordenador?

Quando se trata de redes de ensino, existe – ou pelo menos deveria existir – um projeto de formação específico para esse profissional, no qual se prevê discussões, tematizações e estudos sobre os conteúdos relacionados à atuação dele durante a formação dos professores, sua principal função. Isso significa que é fundamental dar oportunidade aos coordenadores de conhecer a fundo cada eixo da Educação Infantil e suas didáticas. Mas não é só isso… As pessoas que ocupam esse cargo precisam refletir sobre como os adultos aprendem, como qualificar as intervenções dos docentes, como valorizar a participação de cada membro do grupo e, principalmente, de que maneira é possível estabelecer um clima de cooperação e disposição de agir coletivamente.

Na minha trajetória na Educação, estive em formações específicas para discutir projetos de formação dos professores, tematização das propostas que estavam acontecendo e reflexão sobre o papel do coordenador dentro da escola. Além disso, tive a oportunidade de participar de cursos cujo foco era as relações interpessoais, a liderança, o trabalho com equipe cooperativa, entre outros. Geralmente, eles eram oferecidos em empresas ou por instituições como o Senac. Toda essa bagagem me ajudou muito!

Algumas escolas, no entanto, não fazem parte de uma rede ou estão passando por um momento em que não há formação na rede em que atuam. Nesses casos, uma alternativa é criar um grupo de estudos e de boas práticas com outros coordenadores da região. Nele, os gestores de diferentes instituições se reúnem periodicamente para estudar alguns tópicos que são relevantes para todos, trocar informações sobre as práticas que estão desenvolvendo e colaborar com os colegas durante a busca da solução de um problema. Esse trabalho também é bastante produtivo e enriquecedor! O desafio é manter o compromisso e o foco nas discussões.

Com ou sem apoio da rede ou sustento num grupo de coordenadores, cada profissional precisa investir na autoformação, ou seja, ler muito, procurar novas referências e observar as diferentes turmas em ação para ter subsídios de como professores e crianças lidam com as aprendizagens. Eu, por exemplo, já me apoiei em várias matérias e projetos disponibilizados nos sites de GESTÃO ESCOLAR e de NOVA ESCOLA para elaborar projetos de formação. Entre os que eu mais gosto, estão os vídeos da série Grandes Diálogos, nos quais grandes nomes da Educação como Emília Ferreiro (veja aqui), Délia Lerner (assista aqui) e Yves de La Taylle (assista aqui) e outros falam de questões essenciais do dia a dia na sala de aula.

E você, como se atualiza e se mantém em contínua formação?

Um abraço, Leninha