Ir ao conteúdo principal Ir ao menu Principal Ir ao menu de Guias
Notícias
5 4 3 2 1

Nasce uma nova equipe gestora

POR:
Muriele Massucato, Eduarda Diniz Mayrink
A diretora Rosângela (esquerda), a vice-diretora Ana Paula (no centro) e a coordenadora pedagógica Muriele (direita) formam o trio gestor do CEU Luiza Maria de Farias (Foto: Ricardo Toscani)

A diretora Rosângela (esquerda), a vice-diretora Ana Paula (no centro) e a coordenadora pedagógica Muriele (direita) formam o trio gestor do CEU Luiza Maria de Farias (Foto: Ricardo Toscani)

Olá, colegas!

Iniciar o trabalho como coordenadora pedagógica em uma nova escola significa, de antemão, se constituir novamente nessa função. Digo isso porque nossa atuação, nossas demandas e nossa rotina de trabalho dependem diretamente do contexto ao qual pertencemos. Então, não dá para reaplicar as mesmas práticas numa nova instituição. Temos que nos permitir transformá-las levando em consideração o espaço físico, o perfil dos alunos e da comunidade atendidos, os funcionários, as necessidades e as potencialidades dos docentes e a parceria com os demais profissionais da equipe gestora.

Em relação a esse último ponto, venho criando esse laço com a diretora Rosângela e a vice-diretora Ana Paula desde as primeiras reuniões antes da inauguração da escola em que trabalho e que acabou de começar a funcionar. Assim como eu, a Rosângela foi convidada pela Secretária de Educação de São Bernardo do Campo, região metropolitana de São Paulo, para assumir o cargo no CEU Luiza Maria de Farias. Aí, ela convidou a Ana Paula, uma profissional muito competente para vir trabalhar conosco. Por enquanto, somos um trio gestor, mas, aqui na rede municipal, a equipe pode aumentar ou reduzir de acordo com o número de turmas e etapas atendidas. Creio que, no futuro, quando estivermos com a capacidade máxima de alunos, chegaremos a ter seis pessoas no time, contando com mais uma vice-diretora e duas coordenadoras.

Tanto eu quanto a diretora e a vice trabalhávamos em outras escolas antes de assumir as funções que temos agora. No entanto, assim que começamos a nos reunir, vimos que precisávamos criar uma relação e uma rotina nossas. E o primeiro passo para isso foi estabelecer como princípio norteador da nossa prática a gestão democrática.

A proposta da Rosângela foi nos corresponsabilizar por todas as tomadas de decisão ao mesmo tempo em que, junto conosco, quis deixar muito claras nossas funções e focos de atuação. Topamos na hora! Essa definição de qual é o papel de cada uma tem sido fundamental para fazer com que as ações sejam colocadas em prática. Isso também nos ajuda a articular nosso trabalho com todos os segmentos da escola com vistas a alcançar um objetivo comum.

É um desafio enorme relacionar o nosso fazer a outros tantos fazeres. Mas tenho certeza de que o diálogo, as relações éticas e de transparência, a troca de experiências e a garantia de tempo para registrar, refletir e socializar as práticas com as minhas parcerias gestoras são essenciais. Nesse sentido, quero resgatar um texto da Eduarda Mayrink, minha colega coordenadora neste blog, que relatou como buscou criar espaços de troca e conversa com outros profissionais. A leitura é muito interessante!

Como sistematizamos nossa atuação

Para resumir como nosso trio gestor têm se constituído, fiz uma lista das nossas ações e combinados. Elaborar essa listagem me ajudou a refletir sobre o processo de registro e validação pelo qual estamos passando. Espero que ela possa te ajudar de alguma forma também.

  • Definir as atribuições de cada profissional e disponibilizar essas informações no projeto político-pedagógico (PPP) da escola. Esse documento precisa ser socializado e ficar acessível para todo mundo.
  • Realizar reuniões semanais da equipe gestora. Criamos um modelo de pauta para esses encontros.
  • Criar um quadro da rotina semanal das gestoras. Elencamos os focos de atendimento e acompanhamento previstos para o cargo.
  • Elaborar uma planilha eletrônica de monitoramento de atendimentos e ações efetivadas. Queremos fazer devolutivas do nosso trabalho, mostrando dados para os professores nas reuniões com a equipe, aos alunos nos conselhos mirim e à comunidade nos conselhos de escola e nos encontros da Associação de Pais de Mestres (APM).
  • Ter atenção quanto aos horários da equipe gestora, verificando se, durante todo o tempo em que a escola está aberta, há pelo menos um membro no local.
  • Assegurar momentos e espaços formativos para subsidiar a atuação das gestoras. Em nossa rede municipal, participamos de formações com as orientadoras pedagógicas que acompanham as unidades escolares, com profissionais especialistas contratados e com nossos supervisores. Por isso, precisamos garantir na nossa rotina tempo para essas ocasiões de troca e aprendizado.

Começamos a trabalhar juntas e dessa forma não faz muito tempo, mas já percebemos que nossa parceria está dando certo porque somos, de fato, uma equipe! Juntas, fazemos acontecer porque sentimos que nossa relação é articulada pela coerência, transparência, ética e por princípios democráticos.

Espero ter contribuído e suscitado discussões sobre as diferentes formas de composição e organização de uma equipe gestora. Afinal, a constituição desse time não termina nunca. Pelo contrário, se qualifica com o tempo.

E você, como criou uma parceira com os outros membros da equipe? Conte sua experiência!

Um abraço e até a próxima,

Muriele