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5 passos para trabalhar o documentário “O Começo da Vida” numa formação

POR:
Muriele Massucato, Eduarda Diniz Mayrink
Três bebês engatinham num chão branco (Foto: Shutterstock)

A primeira infância é um momento único da vida de qualquer pessoa. E o desenvolvimento integral dos bebês e crianças é responsabilidade de todos (Foto: Shutterstock)

Olá, colegas!

Novamente, cá estou eu, Muriele Salazar Massucato, coordenadora pedagógica do CEU Luiza Maria de Farias, em São Bernardo do Campo, em São Paulo. A partir de hoje, retomo minha contribuição como blogueira convidada aqui, neste espaço. Nas próximas quatro semanas, dividirei com vocês as atividades previstas na minha rotina pós recesso escolar. Vamos lá?

Para estrear esta nova temporada, quero dividir o planejamento de uma sequência formativa que vou levar para os professores, com base no documentário O Começo da Vida. Não sei se vocês já tiveram a oportunidade de assisti-lo, mas (não vou dar nenhum spoiler, prometo!) posso afirmar que ele é imperdível. A diretora Estela Renner viajou para nove países para contar histórias que mostram a importância dos primeiros anos de vida de uma pessoa. A ideia central do filme é deixar claro que o desenvolvimento integral de bebês e crianças é responsabilidade de todos, da família à comunidade, da escola ao governo, independentemente do local de nascimento, da classe social ou da cultura dos pequenos.

Mas antes de entrar nos detalhes do meu planejamento da formação, alerto que o documentário não é um material pedagógico, daqueles que nós levamos para uma reunião com o objetivo de analisar alguma prática. Depois que o assisti, pensei em trabalhar com ele justamente porque ele pensa o espaço que a infância ocupa na vida de uma pessoa, o que vai muito além da escola. E mais: a proposta do filme casou muito bem com o momento que estamos vivendo no CEU, que é de pensar no currículo do segundo semestre letivo e discutir bastante sobre a concepção de infância que acreditamos como equipe de uma instituição com turmas de Educação Infantil.

Quando pensei na proposta, eu já sabia que o tema poderia despertar emoções no meu grupo de professores. Dito e feito: foi só assistir ao filme para começar uma enxurrada de memórias, estranhamentos, preconceitos, questionamentos e incertezas sobre a primeira fase da vida. Por isso, caso você queira trabalhar o documentário na sua escola também, esteja preparado para tudo.

Aproveito esse gancho para contar, em cinco passos, como me preparei:

  1. Assisti duas vezes ao documentário com atenção, antes de reproduzi-lo para o grupo.
  2. Anotei todas as impressões que tive, inclusive os aspectos educativos que observei. Guiei meu olhar pelas diretrizes para a Educação Infantil da minha escola e da minha rede de ensino.
  3. Reli as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, que tratam das diversas concepções de infância e das interações, experiências e brincadeiras que os pequenos vivenciam na escola. Nesse momento, já pensei em diversas relações que os professores poderiam fazer entre o documentário e o documento, bastante difundido entre os docentes, na hora da discussão.
  4. Planejei uma formação, dividida em dois encontros, que possibilitasse ao grupo de professores apreciar o filme e aguçar a curiosidade em aprofundar alguns conceitos destacados em outros momentos formativos. Para ficar mais claro para vocês, compartilho as duas pautas que preparei para os dois dias. A primeira aconteceu na última terça-feira e vocês podem acessá-la aqui. Deixei alguns comentários no arquivo com o que foi mais bacana. A segunda (clique aqui para acessá-la) será na próxima semana e, assim que acontecer, compartilho os resultados no blog.
  5. Organizei a exibição do documentário para a equipe. Fiz isso de forma gratuita, no site oficial do longa. Lá, você só precisa se cadastrar, ler os termos de uso e exibição e marcar o horário, o local e o dia da sua sessão. Eu ainda recebi, por e-mail, materiais formativos para apreciação e aprofundamento da discussão pós-filme. São materiais muito enriquecedores, vale a pena conferir!

É claro que o projeto de formação pensado por cada coordenador está diretamente implicado ao percurso formativo, necessidades e demandas da equipe docente, mas garanto que O Começo da Vida é um recurso que faz pensar e repensar a infância, valorizando suas particularidades e a importância desse momento único na vida de todos nós. Mas, se o documentário não for pertinente para o momento da sua escola, recomendo que você o assista mesmo assim, pois posso garantir que ele me fez repensar muitas questões sobre a criança e valorizar ainda mais a infância, com suas particularidades. É, de fato, um momento muito único na vida de qualquer pessoa.

Por outro lado, se você achar que o filme pode ajudá-lo a pensar numa formação bacana, não deixe de contar como foi o planejamento e a execução das atividades aqui nos comentários. Quero muito trocar figurinhas sobre essa prática!

Um abraço, Muriele