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Cansada de avaliação? Seis dicas para tirar seu (re) planejamento do automático!

POR:
Muriele Massucato, Eduarda Diniz Mayrink

Debater coletivamente os pontos que precisam ser avaliados pode contribuir para uma análise mais certeira. Crédito: Ricardo Toscani

Olá, colegas,

Curtiram o recesso? Descansaram? Espero que sim. Está chegando a hora de voltar para a rotina intensa do período letivo. É hora de revisar o que fizemos no semestre anterior e pensar nas ações e prioridades para o próximo. Falar em avaliação, logo após o recesso, deixa muita gente preocupada ou desinteressada.

Por isso, este texto não vai falar sobre a necessidade de avaliar as práticas pedagógicas e entender o rendimento dos nossos alunos até então. Quero provocá-los: será que, todos os anos, não fazemos esse trabalho no automático? Burocrático?

Não avaliamos nem para desanimar nem para manter tudo igualzinho. Quando usamos um instrumento para medir o que deu certo e o que deu errado, o que cumprimos e o que não cumprimos, levamos em conta os apontamentos de toda a equipe e reconhecemos as potencialidades, as dificuldades, as possibilidades de melhorias ainda no andamento do ano letivo. Mas você já parou para pensar se dá mesmo para fazer tudo isso com o instrumento de avaliação que temos? Todos os dados que colhemos são úteis?

Pensando sobre isso, estruturei alguns pontos que considero essenciais para ter em mente na hora de analisar o que fizemos nos seis primeiros meses do ano:

1. Tenha clareza do objetivo dessa avaliação. Entender a proposta evita que a atividade seja meramente burocrática.

2. Faça da teoria aliada da prática. Ao longo da vida, aprendi com textos que foram essenciais para a elaboração de um instrumento efetivo, atual e pautado nas orientações nacionais para a Educação. Destaco os materiais dos Indicadores de Qualidade da Educação e da Educação Infantil (MEC) (disponíveis online neste link) e o livro O planejamento estratégico – Um instrumento para o gestor da escola pública, de Claudia Zuppini Dalcorso.

3. Seja objetivo. É preciso estabelecer prioridades, filtros e fazer “recortes” dos aspectos mais impactantes da rotina escolar. Avaliações extensas podem ser desanimadoras, ainda mais nos casos em que a equipe deve dar um feedback por escrito. Considere a parceria dos demais membros da equipe gestora ao planejá-la. É fundamental para validar se os tópicos mapeados são condizentes com as necessidades da escola.

4. Planeje um instrumento prático e eficiente de coleta de dados. Eu utilizei o Google Forms, uma ferramenta online gratuita que permite fazer pesquisas por meio de formulários, além de compartilhá-los via e-mail. Dá para preencher rapidamente em notebooks, tablets e até smartfones. A ferramenta gera automaticamente dados organizados com as respostas enviadas pela equipe, o que otimiza muito o tempo da tabulação e análise quantitativa. Eu recomendo! É prático, rápido e eficiente. Para se inspirar, você pode conferir, clicando aqui , como ficou o formulário de avaliação da minha escola.

5. Analise qualitativamente os resultados. Quantificar e organizar em gráficos facilita a visualização dos dados e, consequentemente, a avaliação.

6. Registre tudo o que a equipe descobrir e decidir durante o processo. Atualizar o PPP é a forma de evitar que os achados sejam perdidos de vista. Levar em conta as observações da equipe nesse processo é enriquecedor porque ajuda a efetivar ações, aproximando os olhares da equipe de gestão e de todo coletivo escolar.

E para vocês, como foi ou tem sido a experiência no momento de avaliar? Já desligaram o botão do automático?

Um abraço e boa volta às aulas,
Muriele