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Um tour pela escola: como identificar e resolver problemas

POR:
Joelma Souza
É muito importante o diretor caminhar pela escola com olhar atento para capturar qualquer falha e garantir um local limpo, seguro, bem conservado e econômico

É muito importante o diretor caminhar pela escola com olhar atento para capturar qualquer falha e garantir um local limpo, seguro, bem conservado e econômico

Há algum tempo, uma senhora da comunidade veio me procurar na porta da escola. Com um saquinho de leite na mão direita e a carteira embaixo do braço esquerdo, me alertou que as luzes das laterais permaneciam acesas durante vários dias, mesmo quando estava claro. Ela havia notado isso no último final de semana. Sentiu-se na obrigação de me informar, pois ali estava sendo investido o seu imposto. Ouvi atenta aos detalhes de sua colocação, agradeci pela atitude e garanti que iria tomar providências. Admirei-a quando finalizou com absoluta certeza de que havia cumprido o seu dever: “É só isso, viu! E muito obrigada pela atenção”.

Sorri, enriquecida pela postura de uma moradora do bairro que exerceu o seu papel de cidadã. Também percebi que eu precisava prestar atenção a esses detalhes. Depois desse comentário, percebi que existem aspectos na escola dos quais nunca damos conta. Ou porque já nos acostumamos com eles e não os enxergamos mais, ou porque não circulamos com frequência para percebê-los.

Para evitar casos assim, acho muito importante o diretor sempre caminhar pela escola com olhar atento para capturar qualquer falha e garantir um local limpo, seguro, bem conservado e (por que não?) econômico.

Um tour pela escola

Para deixar tudo sempre nos trinques, resolvi fazer caminhadas pela escola, juntamente com as funcionárias que cuidam da limpeza e da organização, todas as segundas e quartas-feiras.

Nesses dias, passamos por todos os ambientes, dos banheiros à quadra. Ao longo do caminho, eu vou anotando todas as ocorrências que observo, para depois, se necessário, delegar algumas ações aos colaboradores. Por exemplo: as janelas das salas de aula estão sujas? É preciso mobilizar a equipe de faxina. As árvores plantadas pelos alunos estão secas? Vou checar com o caseiro se ele está regando as plantas regularmente. E assim por diante.

Depois de cada tour, pergunto para as funcionárias o que elas acham que podemos fazer para melhorar o ambiente da escola. No primeiro passeio que fizemos, por exemplo, traçamos uma meta: redobrar a atenção à limpeza e na manutenção de portas e janelas, o que colaboraria para uma mudança no visual externo.

Para o trabalho ser efetivo, dividi os espaços da escola. Cada colaboradora passou a ser responsável por um setor e, mensalmente, elas fazem rodízio de horários e afazeres.

Também conto com a ajuda do caseiro, um senhor que cuida da escola há anos. Para ele, abri um caderno para que possa registrar ocorrências como aquela que contei no início do texto, e tomar providências, recorrendo a mim quando necessário.

Aliás, quer saber como terminou o “caso da luz”? Descobrimos que houve uma falha técnica na caixa de eletricidade e, por isso, ela não desligava nunca! Contatei a secretaria de Educação, que me indicou uma equipe de apoio para realizar o conserto. Problema resolvido – com a ajuda da comunidade e a observação atenta da equipe.

E você, costuma fazer um tour pela escola? Como observa problemas e o que faz para resolvê-los? Compartilhe sua experiência!

Muitos beijos, Sonia Abreu.