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Jornal escolar: integrando a comunidade

POR:
Joelma Souza
Semanalmente, os alunos se reúnem para discutir as pautas do jornal e vão a campo para apurar, fazendo entrevistas, realizando pesquisas e tirando fotos

Semanalmente, os alunos se reúnem para discutir as pautas do jornal e vão a campo para apurar, fazendo entrevistas, realizando pesquisas e tirando fotos

Parceiro da rádio, sobre a qual falei na semana passada (leia aqui), o jornal escolar também se tornou uma das oficinas de destaque na nossa escola. Desde 2009, os alunos dos 4º e 5º anos vêm produzindo uma série de matérias sobre o que acontece na instituição e na comunidade.

Quem cuida de perto desse trabalho é a universitária Francine, estudante de Pedagogia, que está conosco há dois anos. Chegamos até ela pelo mesmo caminho que chegamos ao J. Donizete, oficineiro da rádio, por meio de outros estudantes do ensino superior. Inicialmente, contamos com a ajuda de alunos de direito e jornalismo. Eles deram o pontapé inicial, compartilhando seus conhecimentos sobre a montagem de um jornal e falando sobre a importância dele na escola e fora dela.

No entanto, esses estudantes tiveram que deixar a oficina devido a mudanças de horário em seus cursos. Um deles ficou um pouco mais e ajudou a Francine a definir os formatos da publicação e os direcionamentos que os textos teriam. Quando nossa oficineira já estava segura para assumir o trabalho, ela o fez. Hoje, ela gosta tanto de fazer o jornal com os meninos que o escolheu como tema do seu trabalho de conclusão de curso da faculdade!

Como funciona a oficina

Como estão atrelados, os grupos das oficinas de rádio e do jornal se reúnem semanalmente para discutir os eventos sociais, culturais e de saúde que estão programadas no calendário escolar e da comunidade, como o atendimento no posto de saúde, que tem programas voltados para a escola, e a semana da criança.

Nas segundas, terças e quartas-feiras, os alunos vão a campo e circulam pela escola para apurar as pautas que discutiram na reunião com os colegas. Eles fazem entrevistas, tiram fotos, realizam pesquisas na internet e, com a supervisão da oficineira, redigem as matérias na biblioteca, reservada um período do dia para essa prática. Neste local, foram instalados os computadores do Programa Nacional de Tecnologia Educacional (ProInfo), enviados pelo MEC.

Para aumentar o contato dos alunos com o jornalismo, já contamos com a visita de profissionais, como Rodrigo Luiz e Adelita Stodel, ambos da TV Canção Nova. Quando eles vieram à escola, falaram sobre a importância do jornal televisivo e a sua vivência na redação.

Além do jornal, os alunos criaram recentemente um blog da escola (clique aqui para vê-lo), no qual serão publicados os acontecimentos na escola todas as semanas. O site foi feito com a ajuda da coordenadora de informática, a Fátima Krusznisk, que coordena o trabalho.

É hora de entregar!

Tudo pronto? Agora é hora de imprimir e distribuir! Hoje, consigo fazer cópia de 150 exemplares do jornal mensalmente. E queremos mais! Estamos cogitando a tiragem quinzenal para o próximo ano e a impressão em impressora a laser, que será comprada no próximo ano com os recursos enviados pelo Programa Mais Educação. É também com esse dinheiro que pago outros gastos, como a câmera fotográfica, sulfite, papel jornal e cartucho de tinta.

A distribuição é responsabilidade dos alunos e dos professores do período integral. Juntos, eles entregam os jornais em lugares como casas, pontos comerciais, posto de saúde, entre outros. Posso dizer que a euforia é geral e a repercussão da publicação aumenta a cada entrega. Ele está tomando dimensões tão grandes que o nosso próximo passo é entrevistar o prefeito de Itapetininga e o secretário de Educação da cidade.

Percebeu quantas pessoas se envolveram para tornar tudo isso possível? Para isso acontecer, é preciso abrir as portas da escola e aproveitar as oportunidades que vão surgindo. Bom, para concluir, só posso dizer a vocês que a oficina do jornal é deliciosa!

Diretores, compartilhem conosco se suas escolas realizam oficinas desse tipo. Elas são fruto de um programa educacional sugerido pelo governo ou são independentes? Como você conseguiu fazê-la funcionar? Quem são os seus parceiros?

Um grande beijo, Sonia Abreu