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Dengue, um problema de todos

POR:
Joelma Souza

Ao orientar os vizinhos sobre os perigos da dengue, os alunos levam o conhecimento adquirido na escola para a comunidade. Foto: Renata Cardoso/Arquivo Pessoal

Olá, seja bem-vindo!

Não é de hoje que estamos convivendo com um problema sério relacionado à dengue. Em nosso município, estamos com vários casos confirmados e, infelizmente, uma pessoa morreu. Não podemos, portanto, ficar de fora do combate aos focos de proliferação do mosquito. O que nós, gestores, podemos fazer para ajudar? Como podemos mobilizar nossas comunidades, convencê-las que esta deve ser uma preocupação de todos e, ainda, aproveitar para que o tema gere conhecimento?

Pensando nisso, um dos nossos projetos no ano passado foi justamente sobre essa doença. Ele foi trabalhado por todas as turmas no decorrer do primeiro semestre, com confecção de cartazes, folders e murais informativos. Duas professoras, e seus alunos, tiveram a ideia de criar um grupo, os “patrulheiros da dengue”, para fiscalizar a existência de possíveis criadouros do mosquito transmissor não apenas na escola, mas também nas casas de familiares e amigos. Na escola, nós colocamos areia nos pratinhos das plantas, completamos com terra os vasos da entrada feitos de pneus, limpamos as calhas e organizamos todos os espaços atrás das salas de aula, deixando a grama sempre aparada e sem nada que acumule água. Tudo com a fiscalização sempre atenta de nossos patrulheiros.

Isso porque nosso bairro tem características de zona rural, com muitas casas afastadas umas das outras. Em alguns casos, os terremos que separam essas residências são cheios de mato, o que pode dar a impressão de abandono e acarretar o surgimento de entulhos, como restos de construção e de podas de árvores, locais propícios para o acúmulo de água e, como consequência, potenciais criadouros.

Organizamos, então, visitas – que ocorrem no contraturno – às residências próximas à escola, durante as quais os alunos apresentavam os cartazes informativos e orientavam os moradores. Também foram verificados os terrenos vazios no entorno. Para as famílias que moram mais longe, realizamos encontros específicos. Tanto as visitas quanto as reuniões na escola foram conduzidos pelos professores e pela equipe gestora.

Neste ano, a iniciativa ganhou dimensões maiores. Fizemos uma parceria com a Secretaria Municipal de Saúde para estabelecer uma rotina de visitas e acompanhamento das casas também em outros bairros próximos da escola. Os alunos de todas as unidades escolares municipais receberam um questionário, elaborado pelo Instituto Osvaldo Cruz e confeccionado pela Prefeitura Municipal de Tanabi, com uma série de itens que devem ser observados como: caixa d´água bem tampada, calhas limpas, pneus ao ar livre, ralos e vasos sanitários sem uso, entre outros. Um modelo está disponível para download.

Por orientação dos agentes epidemiológicos da Secretaria, quando os alunos encontram possíveis criadouros em terrenos vazios, eles avisam a escola. Nós, então, comunicamos os agentes para que possam notificar a pessoa responsável sobre a necessidade de realizar a limpeza dos espaços. Caso ela se negue, a prefeitura faz o serviço, notifica e cobra do responsável o valor referente à limpeza.

E na sua escola, como está sendo enfrentado esse problema? Professores, pais e alunos estão engajados em alguma ação? Compartilhe sua experiência com a gente, deixe o seu comentário, suas dúvidas e sugestões.

Um grande e respeitoso abraço, até quarta!

Edicarlos Mellin