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Vice não é substituto do diretor, mas sim parceiro

POR:
Joelma Souza

Para que a atuação da dupla seja eficiente, ideal é programar reuniões periódicas para avaliar as ações que estão sendo feitas. Foto: Shutterstock

Quais as diferenças no trabalho do diretor e do vice-diretor?

Natalicio Barboza do Carmo, de Belmonte, na Bahia

Olá, Natalício, gostaria de sinalizar o quanto é necessário que o diretor e o vice estabeleçam uma gestão partilhada. Para isto, devem reservar na agenda momentos para que possam analisar o movimento da escola em seus diferentes aspectos para assegurar o bom andamento do processo de ensino e de aprendizagem dos alunos.

Sabemos que o diretor é o responsável pelo despacho de documentos e por algumas decisões específicas que lhe estão atribuídas, mas o vice é o parceiro legitimado a responder em sua ausência, incluindo ter atuação efetiva junto à equipe da instituição e aos pais. Ele não é apenas um substituto. O ideal é que forme, com o diretor, uma real dupla gestora. Isso significa que o vice pode ajudar em todas as áreas.

Para que o trabalho conjunto funcione, porém, é necessário estabelecer combinados. Ou seja, os dois devem sentar e conversar sobre o que precisa ser feito e quem irá fazer, considerando a experiência de cada um e as necessidades da escola. Se um tem mais propriedade em organizar e acompanhar a formação da equipe no contexto de trabalho, por exemplo, pode ficar encarregado disto. A divisão pode seguir, aliás, nesta linha. Um cuidar das questões pedagógicas o que, além da formação, inclui organizar os horários de planejamentos dos professores, cuidar da elaboração das avaliações e do fechamento do bimestre ou trimestre, preparar e conduzir o Conselho de Classe, entre outros pontos. Neste caso, o outro fica com a parte administrativa: planejameto de reuniões com o conselho escolar, conversas periódicas com os funcionários, acompanhamento do uso do acervo dos materiais existentes na instituição e do desenvolvimento dos programas aos quais a escola aderiu, encaminhamento de estudantes a especialistas, coordenação das assembleias com as crianças e jovens para promover uma gestão democrática e realização de encontros com os pais.

Esta é apenas uma maneira de dividir as responsabilidades. Cada dupla pode encontrar a que funcione melhor para ela. Lembrando sempre que todos estão desenvolvendo ações para promover articulações consistentes para que os alunos possam aprender dentro e fora da sala de aula. Outro ponto a ser considerado é que, ao planejar e cuidar a gestão, o diretor e o vice carecem pautar suas decisões nas bases legais instituídas nas suas redes de ensino, para que possam ter respaldo para o desenvolvimento de ações. Para tanto é importante que os dois estejam alinhados para não atuar de maneira descompassada, o que pode provocar ruídos desnecessários. A parceria é para fortalecer e dar visibilidade à proposta educacional, que é, principalmente, assegurar o sucesso dos alunos. Não deve, portanto, haver disputa de poder, mas uma atuação compartilhada, em que haja confiança mútua.

E na sua escola, como funciona a divisão de trabalho entre diretor e vice?

Abraço,

Maura

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