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Espaços organizados favorecem a interação e a aprendizagem

POR:
Joelma Souza

Foto: Shutterstock

 

Diretor, vamos continuar a nossa conversa sobre o que merece a sua atenção no período que antecede o início das aulas falando sobre a organização dos espaços. Terezinha Azerêdo Rios, colunista aqui da GESTÃO ESCOLAR, já nos lembrou neste texto que: “Escola bonita não deve ser apenas um prédio limpo e bem planejado, mas um espaço no qual se intervém de maneira a favorecer sempre o aprendizado, fazendo com que as pessoas possam se sentir confortável e consigam reconhecê-lo como um lugar que lhes pertence”.

Este local é mais do que uma estrutura física. É um lugar, um tempo e um contexto de trabalho, mas é necessário que os espaços estejam devidamente organizados para que os estudantes, os professores e os funcionários possam tirar o melhor proveito deles. Você já analisou quais áreas estão de fato sendo utilizadas pelos alunos e quais têm ficado desocupadas? Quais sãos os espaços que carecem de uma intervenção e como ela pode ser realizada com a colaboração dos alunos?

Vale lembrar que o espaço revela a concepção de ensino e de aprendizagem da escola. Então, é importante discutir com toda a equipe gestora como os ambientes estão comunicando os princípios da instituição. O livro O que Revela o Espaço Escolar? é um aliado interessante para esse momento e está disponível gratuitamente na internet. Nele, é possível relembrar o que precisa ser incluído em cada ambiente, fazer um check-list avaliativo e seguir alguns passos para implementar as mudanças necessárias. Em todos os capítulos, há sugestões sobre como envolver os estudantes e a comunidade nesse esforço. Você não precisa fazer tudo sozinho, diretor! Aliás, é melhor que não faça, porque o espaço será mais valorizado se todos participarem da sua manutenção e do planejamento de seus usos.

Cuidar da manutenção não é só providenciar reparos. Também é importante organizar o acervo, rever os horários e a política de funcionamento de cada sala, divulgar o espaço, favorecer o acesso e qualificar o uso que se faz dele. Não adianta, por exemplo, ter uma biblioteca organizadíssima, se os professores pouco incentivam a leitura, ou se ela fica em um canto escondido dificultando o acesso dos alunos e da comunidade.

Sugestão: Para garantir que os novos alunos conheçam todas as possibilidades oferecidas pela instituição, você pode, por exemplo, montar um programa de visitação aos espaços, em que estudantes veteranos recebem os que estão chegando e os conduzem em um tour. O mesmo pode ser feito com professores e funcionários. Os que têm mais tempo de casa teriam, então, a oportunidade de contar como vêm utilizando os ambientes e debater possibilidades de mudança e aprimoramento.

Como mais uma dica para sua inspiração, indico o vídeo da Consultoria Gestão Escolar em que Renata Caiuby replanejou o uso do pátio com as gestoras da EE Doutor Felicio Laurito, em Santo André, região metropolitana de São Paulo. Veja o que elas fizeram aqui.

E conte para nós, como você tem aprimorado o uso dos espaços aí na sua escola?

Aproveitando nossa conversa semanal, gostaria de convidá-los para participar do grupo de estudos sobre o projeto político-pedagógico (PPP), que estou mediando no Nova Escola Clube. Se você é assinante desse espaço virtual, participe, clicando aqui.

Um abraço

Maura