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As responsabilidades do Conselho Escolar na gestão financeira

POR:
Maria Maura Gomes Barbosa
Crédito: Shutterstock

Olá, diretores,

Vocês já conhecem meu colega Fernando Mendes, que trabalhou em secretarias de Educação por 12 anos. Ele já veio aqui no blog compartilhar conosco dicas valiosas de como prestar contas ao Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE). Desta vez, ele volta para conversar sobre como organizar melhor a gestão financeira com a ajuda do Conselho Escolar. Espero que gostem!

Um abraço,

Maura

“Olá, diretores, tudo bem?

Aprendi com a Maura que a gestão financeira, assim como as outras gestões da escola, deve sempre estar alinhada com o PPP. Para isso dar certo, o gestor deve focar no que a escola tem como objetivo para os alunos, e, com base nisso, refletir sobre como aplicar seus recursos.

Um grande parceiro nesse processo é o Conselho Escolar, e a participação dele deve ir além de acompanhar orçamentos e planilhas de gastos. A socialização da gestão financeira deve passar também pelo planejamento e pela divisão das tarefas. Deve-se ter clareza de como e por que um determinado material será adquirido, em que isso vai melhorar a aprendizagem ou os processos da escola e quem, entre as pessoas presentes, tem condições de ajudar nessas responsabilidades.

Ao assumir esse caráter colaborativo, o gestor e os membros do Conselho também fomentam uma gestão de recursos mais qualificada e compartilhada, de maneira que a prestação de contas será uma ação mais natural ao longo do processo. Com um Conselho participativo, o diretor não precisa contar toda a história da aplicação dos recursos e convencer o colegiado de que ela foi feita da maneira mais adequada, porque todos terão acompanhado de perto essas aplicações. Porém, mesmo assim, a prestação de contas ao Conselho é obrigatória.

Outra atividade obrigatória e que também dá um pouco de trabalho é o orçamento dos bens ou serviços a serem adquiridos. Precisa contratar um encanador para a escola? Adquirir bolas de diferentes modalidades esportivas? Em qualquer das situações em que o gestor vai mexer com o dinheiro da escola, é necessário fazer cotação em pelo menos três locais diferentes.

Pode parecer custoso consultar vários profissionais apenas para comparar as condições de venda, mas isso é importante para garantir que os recursos estejam sendo utilizados da melhor maneira, na aquisição dos melhores bens e serviços pelo menor preço. Vale lembrar que comprar um produto mais barato não significa comprar produtos de baixa qualidade e o Conselho Escolar também pode agir neste momento, para tentar manter o equilíbrio entre custo e benefício. Será que vale a pena comprar o material que custa menos? Qual o seu tempo de vida útil? E o mais caro, será que ele é tão melhor que os outros? Quais as vantagens de cada fornecedor? Essas discussões em conjunto tiram a responsabilidade das costas do gestor e põem em prática a ideia de uma escola com gestão democrática.

Espero que eu tenha ajudado a tornar a gestão financeira mais democrática com minhas reflexões. Se tiverem dúvidas ou quiserem compartilhar suas experiências, escrevam nos comentários!

Até a próxima,

Fernando”