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Transição: planejamento dos primeiros dias no 6º ano do Fundamental

POR:
Joelma Souza
Nos primeiros dias de aula, o foco da escola é o diagnóstico das turmas. Crédito: Rafael Araújo

O início do ano letivo traz uma série de situações que precisam ser planejadas agora e desenvolvidas nos meses seguintes. Algumas são muito particulares da realidade de cada instituição, da necessidade do professor, da turma ou do aluno. Um cenário, por exemplo, que necessita de atençãoé a transição do 5º para o 6º ano.  A chegada ao Fundamental II precisa ser pensada com cuidado e carinho porque representa uma nova etapa na vida de nossos alunos, em que eles se deparam pela primeira vez com professores diferentes para cada disciplina.

No final do ano passado, as oito escolas de Fundamental II do município de Paragominas (PA) e a Secretaria Municipal de Educação se reuniram para pensar, planejar e organizar coletivamente alguns desafios comuns. O grande desafio era legitimar uma produção que pudesse ser aplicada em escala, que trouxesse intervenções e condições para um trabalho consistente e o mais alinhado com a proposta das nossas instituições. Nos dividimos em duplas de escolas e cada uma ficou responsável pelo planejamento de uma série. Nós ficamos com a missão do 6º ano.

A proposta era definir o planejamentodas três primeiras semanas de aula, em que ocorrerá a acolhida dos alunos que estão passando por essa transformação na rotina e o diagnóstico inicial. Começamos os estudos e conversas com base em nossas observações, nas avaliações do trabalho desenvolvido no ano anterior e no que precisaríamos potencializar para o ano letivo em questão. Realizamos três encontros presenciais, fizemos muitas conversas e trocas de e-mails para alinhar tudo.

Combinamos que haverá dois momentos iniciais focados na acolhida aos alunos e em muita conversa sobre a rotina. O professor vai tratar desde a organização do caderno até detalhes sobre os horários e o regimento, procurando, sempre identificar a visão de mundo dos estudantes e como eles se expressam oralmente e por escrito. Isso será feito pelo primeiro professor que estiver com a classe naquele dia, independentemente da disciplina que ele é responsável.  No entanto, como todo o corpo docente está alinhado nessa proposta, cada um poderá avançar nas especificidades de sua disciplina.

Depois desse período inicial, nosso foco passa a ser o diagnóstico. Com o objetivo de avaliar o grau de conhecimento das competências por disciplina das turmas, elaboramos um banco de questões para aplicar e identificar os pré-requisitos do 6º ano que precisam ser trabalhados com as turmas. Mas, para um diagnóstico completo – não só baseado em acertos e erros – também planejamos observar os comportamentos e autonomia dos alunos no desenvolvimento das atividades e registrar as observações para confirmação deste período diagnóstico. A partir dos resultados, o professor precisa rever seu planejamento, além de refletir sobre os dados diagnosticados e os alunos que necessitam de acompanhamento mais próximo, inclusão em grupo de apoio, ajuda metodológica da equipe e dos espaços pedagógico.

As equipes das duas escolas se envolveram com muito afinco e dedicação. Foi prazeroso observar como todos os encaminhamentos foram tomados de forma coletiva em todas as etapas.

E na sua escola, amigo diretor, como é planejado o início do ano letivo? Escreva abaixo, nos comentários, suas experiências! Elas vão contribuir bastante para o planejamento dos gestores de todo o Brasil.

Um grande abraço e até semana que vem,
Joelma