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Projeto Institucional: Integração da tecnologia ao ensino

POR:
GESTÃO ESCOLAR

Objetivo geral 
Integrar, de maneira sustentável, os recursos tecnológicos em uma escola de Educação Básica.
 
Objetivos específicos 

  • Envolver gestores, professores e alunos na discussão sobre tecnologia.
  • Promover o uso dos recursos digitais no dia a dia da instituição.  

Tempo estimado
Um ano letivo.

Material necessário
Dispositivos móveis (celulares ou tablets) ou computadores. Os equipamentos podem ser da escola ou dos alunos. 

Desenvolvimento
1ª etapa Formação do comitê 
Convide estudantes, professores e funcionários e apresente a ideia de criar um comitê gestor para o projeto de tecnologia da escola. Introduza o tema e pergunte quem se interessa em participar e trocar experiências, aprender e ensinar. Defina, com o grupo, a composição do comitê. Para isso, é importante entender, antecipadamente, como se forma um grupo desse tipo e até convidar uma pessoa mais experiente para apoiar nesse momento. 

A intenção é que esse grupo se reúna para discutir a integração da tecnologia no currículo, sendo que cada participante contribui com o que sabe e todos buscam melhorias e soluções. 

Provavelmente, os conhecimentos serão complementares e ao gestor caberá o incentivo para que as discussões sobre os possíveis usos aconteçam. Os alunos podem contribuir com o compartilhamento de seus saberes digitais e os professores devem aplicar a experiência como mediadores da aprendizagem. 

Após fazer o convite para as pessoas que precisam integrar a iniciativa, abra a possibilidade de inscrição para os demais interessados. Crie espaços de discussão democrática, como fóruns de debate, em que os envolvidos sejam ouvidos de fato. 

Planeje um local e a periodicidade com que os encontros serão realizados.

2ª etapa Diagnóstico e planejamento
Reúna os líderes do comitê gestor e faça com eles um levantamento do que a escola já possui em relação à tecnologia (equipamentos, profissionais e práticas educacionais e administrativas) e uma sondagem sobre as necessidades da instituição nessa área. Para isso, divida a equipe em pequenos grupos e peça que discutam as possibilidades de uso das ferramentas e os limites técnicos da escola, sem deixar de abordar os benefícios para os processos de ensino e de aprendizagem. 

Registre as demandas e os caminhos apresentados, definindo os próximos passos e qual será o envolvimento de cada um. Por exemplo, se nessa fase observa-se que a conexão com a internet é um problema, alguém deve ficar responsável por buscar soluções para superar essa dificuldade. Se o espaço onde ficam as máquinas precisa ser melhor organizado, outro participante pode lidar com isso. Faça um combinado coletivo sobre as expectativas e as regras a seguir.

3ª etapa Organização das informações
Estabeleça um espaço virtual para que os integrantes do comitê possam compartilhar arquivos e realizar o trabalho em rede. Verifique se outros professores e alunos gostariam de fazer parte de eventos de formação com o objetivo de melhorar e intensificar o uso da tecnologia. A intenção é tratar com profundidade dos temas apontados como chave. Esses encontros, encabeçados pelos participantes do grupo, servem também para disseminar informações e decisões do comitê para toda a comunidade escolar. Especialistas podem ser convidados, caso seja necessário, e outra possibilidade é socializar experiências de outras instituições que conseguiram resolver os desafios que são enfrentados agora na sua escola.

4ª etapa Mudanças na sala de aula
Preveja tempo nos horários de planejamento para que cada docente elabore suas aulas e sequências didáticas considerando as discussões feitas até então, sempre contando com a parceria dos colegas e da equipe gestora. Precisa ficar claro para todos que a tecnologia é uma ótima aliada do educador, que apresenta questões instigadoras e pertinentes para a classe. 

Vale também ressaltar que os equipamentos são sempre um meio para alcançar os objetivos de aprendizagem e não um fim. Por isso, cabe a você, gestor, orientar a equipe para que adaptem as formas de planejamento a essas novas demandas e que considerem os combinados coletivos em relação ao tema. O professor, mais do que ser o único transmissor do conhecimento em sala, deve possibilitar que os alunos busquem respostas, selecionem dados e apresentem e discutam os resultados encontrados com o restante da turma. A cada aula, conforme o contexto e a necessidade, novas estratégias e ferramentas podem ser adotadas.

Avaliação 
Promova reuniões periódicas com todos os integrantes do comitê gestor para avaliar o andamento do projeto e para que sejam apresentadas novas sugestões e soluções. Dê espaço para trocas de boas experiências, como mostras coletivas do processo de trabalho e dos produtos desenvolvidos. Assim, tais práticas serão valorizadas por toda a comunidade. Discussões sobre ética na internet e o cuidado com as informações e os compartilhamentos também podem ocupar espaço em pautas de conversa. Compare as ações implementadas com o combinado coletivo estabelecido anteriormente.

Consultoria Valdenice Minatel Melo de Cerqueira, doutora em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e coordenadora de Tecnologia Educacional do Colégio Dante Alighieri, na capital paulista.