Para encerrar nossas sessões pipoca pedagógicas, trago duas sugestões, já que não fui capaz de escolher entre uma delas! Trata-se de “O jarro” (1992) e “A voz do coração” (2003). Ambas as produções são bons exemplos de um tema que tratamos desde o início dos nossos encontros semanais: a construção da moral por meio da vivência moral.
“O jarro” narra a história de um recipiente de água que serve para matar a sede das crianças de uma escola localizada em pleno deserto. Com as intensas variações de temperatura, o jarro trinca e precisa de conserto. A partir daí, a união e a força do grupo torna-se fundamental.
Sugiro, colegas, que nosso olhar se volte para as lições de Educação em valores que um recém-chegado professor dá por meio de sua prática. Diante de inúmeras injustiças cometidas pelos adultos da aldeia, as atitudes do docente refletem a conservação de valores,algo imprescindível em uma personalidade ética. Sua postura, como figura de referência para as crianças, resulta em uma significativa transformação na tendência moral predominante na comunidade. (Fonte: http://www.terra.com.br/cinema/drama/jarro.htm )
Já “A voz do coração” narra a história de Mathieu, um professor de Música que vai trabalhar em uma rígida instituição de reeducação de jovens do sexo masculino. Com a chegada do docente, os garotos, que até então eram considerados como casos sem solução, iniciam uma Educação em direção à autonomia. A cooperação é visível por meio do exercício de respeito mútuo entre os meninos, que passa a compor um coral organizado, e o educador que, assim como no filme anterior, se apresenta como uma figura de referência. Apesar disso, Mathieu terá que lutar para manter o grupo musical na ativa. (Fonte: http://www.interfilmes.com/filme_14884_a.voz.do.coracao.html)
O que podemos destacar como inspiração, em ambas as produções, certamente é a integração de valores morais presente na personalidade dos professores. Agir moralmente demanda que princípios comojustiça, respeito, perseverança e generosidade interajam fortemente, ocupando lugar central em nossa personalidade. Tal integração necessita do fazer moral e do viver o valor, ou seja, trata-se de quem sou e não daquilo que eu verbalizo.
Lembre-se do nosso convite: compartilhe conosco seus comentários sobre o filme que mais instigou suas reflexões.
Cumprimentos mineiros e até a próxima sexta-feira!
Flávia Vivaldi
Serviço:
O Jarro
Ebrahim Foruzesh, Irã, 1992, 86 min, Cult Filmes
A voz do coração
Christophe Barratier, França/Suíça/Alemanha, 2003, 95 min, Playarte Pictures