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Ações para evitar as retenções dos alunos

POR:
Joelma Souza

Nos encontros de formação em serviço, revemos as ações e os resultados obtidos no primeiro semestre

No encerramento do primeiro semestre do ano letivo, é comum a equipe escolar fazer reuniões para rever as ações e os resultados obtidos nos primeiros seis meses de aulas. Durante esses encontros de formação em serviço, são tomadas várias decisões importantes, usadas para traçar metas e montar planos de intervenção para evitar a retenção dos alunos, que pode acontecer a partir dos 3º anos.

Aqui na minha escola, nós, enquanto educadores, não utilizamos a “Pedagogia da Espera”. Ao longo de todo o ano letivo, realizamos a recuperação paralela, de acordo com o art. 24, da Lei de Diretrizes e Bases nº 9.394/96 (veja a lei aqui). O texto estabelece a obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência contínuos, para casos de baixo rendimento escolar.

Com isso em mente, costumamos dar início ao trabalho reservando os 50 minutos finais das reuniões para trocar informações e diagnósticos entre os professores de cada classe. Juntos, discutimos a vida escolar dos alunos que ainda não alcançaram as expectativas de aprendizagem determinadas para os anos em que estudam. Somente com esses dados em mãos é possível saber quais são os próximos passos a seguir.

Uma de nossas intervenções é oferecer atendimento aos alunos, em forma de aulas de reforço no contraturno. Essa é uma garantia dada pelas instituições de período integral como a minha. Os próprios docentes propõem um remanejamento de horários e turmas para que, duas vezes por semana, os estudantes possam sanar suas dificuldades e revisar os conteúdos. Os professores que dão as aulas são indicados pelas Secretarias Municipal ou Estadual da Educação.

Outra estratégia que encontramos para melhorar casos de baixo rendimento foi promover, nas turmas a partir do 4º ano, alunos como monitores. Esses estudantes, escolhidos pelo seu bom desempenho escolar, passaram a auxiliar seus colegas de classe em tarefas, leituras e atividades.

Esse tipo de iniciativa se tornou muito significativa para nós e também para as crianças. No 5º ano, por exemplo, um de nossos alunos estava com o desempenho um pouco abaixo do regular em História e Geografia. Um de seus colegas, monitor das disciplinas, lhe deu auxílio. Na semana de recuperação, ele obteve resultado positivo, tomou confiança e passou a participar mais das atividades de estudo de cada área de conhecimento, das quais se negava a se envolver.

Como vocês podem perceber, todos nós nos deparamos constantemente com desafios, que, em minha opinião, promovem o engajamento de toda a equipe escolar. É preciso lembrar que, apesar de nem todas as instituições possuírem a figura do coordenador pedagógico (na minha, por exemplo, eu não tenho), esse trabalho não pode deixar de ser feito.

Em casos como esse, é o diretor que deve assumir a responsabilidade e contar com o apoio de todos nesse trabalho. Os alunos nunca poderão deixar de ter um acompanhamento. Só assim todo o esforço valerá a pena no final.

E vocês, como lidam com essa questão em suas escolas? Vocês realizam reuniões periódicas com toda a equipe escolar? Quais planos de ações promovem para evitar a retenção dos alunos?

Beijos, Sonia Abreu