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A escola não tem coordenador… E agora?

POR:
Joelma Souza
Mesmo sem coordenador pedagógico, é preciso cuidar da observação das práticas didáticas e da formação dos professores

Mesmo sem coordenador pedagógico, é preciso cuidar da observação das práticas didáticas e da formação dos professores

Nas escolas, cada membro da equipe gestora tem funções específicas. Enquanto nós, diretores, por exemplo, focamos na administração para garantir o bom funcionamento da escola e as condições necessárias para a aprendizagem, o coordenador pedagógico se responsabiliza pela observação de sala de aula e pela formação dos professores.

Mas o que acontece quando não existe um coordenador pedagógico na escola? Pois é… aqui na minha escola, não temos essa figura há mais de quatro anos!

Uma coisa é certa: o trabalho que caberia a esse profissional precisa ser feito. Penso que há três medidas importantes para enfrentar a ausência de um coordenador.

1- Alguém precisa se responsabilizar pela gestão da aprendizagem

Aqui na escola, fui eu que passei a articular as ações pedagógicas de apoio aos professores. Semanalmente, fazemos as reuniões de HTPC, que duram cerca de três horas. Nela, nós trocamos experiências do cotidiano das aulas e lemos textos sobre o assunto pertinente ao encontro em questão.

Claro que eu não dou conta de tudo. Quando precisamos de orientações mais específicas, contamos também com os assessores pedagógicos do Departamento Técnico Pedagógico de Itapetininga, que agendam um encontro para formação local com outras unidades escolares. Recentemente, por exemplo, fizemos uma reunião para falar sobre os portfólios para as áreas de História, Geografia, Ciências e Artes.

E se houver necessidade de ajuda urgente? No dia a dia, durante os intervalos de aula, o professor que precisa de orientação sobre procedimentos pedagógicos me procura. Juntos, fazemos uma avaliação do problema e articulamos ações para melhor atender o aluno.

2- Compartilhar a tarefa da formação com os docentes experientes

Há pouco tempo, uma professora chegou a me perguntar como eu conseguia me envolver tanto no planejamento pedagógico, ao mesmo tempo em que cuidava das atribuições administrativas. Ela me disse que na instituição que ela trabalhava antes o diretor mal conhecia o livro didático com o qual a equipe trabalhava! Eu respondi que o principal era trabalhar em equipe.

Na minha escola, alguns professores me ajudam nesse trabalho e se responsabilizam por algumas áreas. Tenho docentes que auxiliam no reforço escolar, outros que atuam como gerentes da Feira de Ciência anual, alguns que ajudam nas aulas de informática, entre outros. O importante é partilhar as ações que a escola promove e, em grupo, buscar alternativas e soluções.

3- Lutar para mudar a situação – e conseguir um coordenador!

Não ter coordenador pedagógico não é um problema só meu. Aqui em Itapetininga, essa figura não faz parte do quadro escolar no Estatuto do Magistério do município, elaborado pela administração anterior. Então, nenhuma escola conta com o trabalho desse profissional.

Não desistimos: já solicitamos repetidas vezes a presença desse profissional na escola nas reuniões de diretores na Secretaria Municipal de Educação, porque sabemos que ele é essencial para a melhoria da qualidade de ensino. E está dando resultado: a gestão atual considerou a urgência do nosso pedido e elaborou uma nova proposta de estatuto. Agora, estamos esperando os outros trâmites da lei, como a apreciação do setor jurídico municipal, e a aprovação pela câmara dos vereadores.

E vocês, diretores, contam com a figura do coordenador pedagógico em suas escolas? Se não, como administram as ações pedagógicas?

Beijos, Sonia Abreu.