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Quarta poética: a troca literária com a comunidade escolar

POR:
Joelma Souza
A Quarta Poética é momento de mostrar a forma de brincar com as palavras da linguagem poética. (Foto: arquivo pessoal)

A Quarta Poética é o momento de mostrar a forma de brincar com as palavras da linguagem poética. (Foto: arquivo pessoal)

Uma das mais belas riquezas que compartilhei durante minha vida de educadora e gestora foram os encontros entre alunos e professores para trocar versos e poesias. Nesses momentos, o objetivo é mostrar e ensinar às crianças a bela forma de brincar com as palavras, a linguagem poética, a estrutura textual e a apropriação dos históricos de cada poeta.

Aqui em Itapetininga, o Momento da Poesia foi implantado na rede municipal de ensino por Maura Barbosa, na época diretora do Departamento Pedagógico. Hoje, alguns anos depois, essa atividade passou a ser chamada de Quarta Poética na minha escola e se tornou um dos carros-chefes da troca literária na comunidade.

Como o próprio nome indica, esse momento acontece às quartas-feiras, logo nas primeiras horas de aula. As datas dos encontros, programados nas reuniões de planejamento do início e do meio do ano, ficam expostas no quadro de avisos na entrada da escola para que pais e visitantes possam tomar conhecimento e comparecer. Para garantir a participação de todas as crianças, fazemos um revezamento das turmas ao longo do ano – a cada semana, são duas.

Na semana que antecede cada Quarta Poética, os professores expõem no mural o autor que trabalharão e as poesias escolhidas para que todos possam se preparar. Já vi familiares e visitantes lendo as poesias quando deixam ou buscam as crianças. É muito legal! O material é selecionado de acordo com o conteúdo que está sendo trabalhado em sala de aula e para que todos os alunos e a comunidade enriqueçam os repertórios literários.

No dia do evento, as duas turmas preparam o espaço do refeitório para recepcionar o público. Os professores dão início à atividade com um breve histórico do autor e das obras.  Após isso, eles recitam duas poesias daquelas expostas no mural, dando ênfase à estrutura do texto. Entre as rimas e os versos, as crianças tecem comentários com base em seus conhecimentos poéticos. No final da apresentação, elas avaliam o encontro, dizendo se gostaram e se já conheciam o texto, e trocam as poesias impressas, que são colocados na pasta de leitura, ao lado dos demais trabalhos do ano letivo.

No próximo mês, contaremos com a presença do compositor local Bob Vieira, um grande músico e repentista que adora brincar com as palavras. Ele trabalhará com o tema folclore. Os alunos gostam muito dele!

E você, como trabalha esse gênero textual na sua escola?

Um grande abraço, Sonia Abreu