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A polivalência de um diretor de escola

POR:
Joelma Souza

Ao caminhar pela escola, podemos sentir e visualizar o que ela realmente necessita. (Foto: Gabriela Portilho)

Muitas vezes, o trabalho dos diretores escolares é bastante solitário. Quando a equipe escolar está desfalcada, a sensação de que concentramos muitas funções é ainda pior.

Nesta semana, recebi uma colega aqui na escola. Ela se queixou justamente da falta de funcionários onde ela trabalha. O estresse que ela tem passado a levou a desenvolver cálculos renais e ter palpitações no coração. Ouvi o desabafo e tentei ajudá-la contando como lido com esses problemas.

Documento minhas ações (as que competem a mim e as que não competem) e intranquilidades quanto ao meu próprio desempenho, causadas pela falta de funcionários. Esses registros são enviados ao Secretário Municipal de Educação. É importante que conste no documento os motivos pelos quais determinadas ações foram priorizadas e desenvolvidas na escola. Listar o que deixou de ser feito e as consequências disso também é fundamental.

Depois de deixar a Secretaria ciente da situação, não fico apenas esperando as soluções chegarem. Passo a colocar em primeiro plano o que realmente move uma instituição escolar: a boa qualidade de ensino. Por isso, deixo as atividades burocráticas para o fim do dia e, enquanto as crianças estão na escola, cuido da parte pedagógica. Eu acredito que só podemos sentir e visualizar o que a escola realmente necessita se percorremos o espaço.

O que eu observo

Nessas andanças, visito as salas de aula, vejo a pauta dos professores e os conteúdos programáticos do dia, converso com os alunos e pergunto a eles sobre as aulas oferecidas pelo docente. Aproveito para dar uma geral nas salas quanto aos cartazes, armários, carteiras, limpeza, cortinas e a organização do material do professor.

Também pergunto às crianças se estão gostando da merenda escolar, se todos comem na escola. Investigo as causas do desperdício de alimentos, vou até a cozinha para dar uma olhadinha no preparo da comida e verifico se o cardápio está sendo devidamente seguido. Depois, saio à procura dos responsáveis para conversar sobre a limpeza e a organização da escola.

Claro que não consigo fazer isso todos os dias, mas semanalmente aponto na minha agenda quais as próximas salas e setores, nem que seja um, serão visitados por mim.

E vocês, diretora e diretor, como organiza o seu trabalho no seu dia a dia e na falta de funcionários?

Abraços, Sonia Abreu