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Chegou o dia de apagar a nossa primeira velinha!

POR:
Joelma Souza
Sonia Abreu e equipe de professores e funcionários da EMEF Hilda Weiss Trench (Foto: Gabriela Portilho)

Sonia Abreu e equipe de professores e funcionários da EMEF Hilda Weiss Trench (Foto: Gabriela Portilho)

Hoje, completo o primeiro ano compartilhando minha experiência com vocês! Desde agosto de 2013, já foram muitas histórias vividas, contadas e eternizadas sobre a vontade de transformar a escola pública em um espaço de conquista, de pertencimento e de uma relação saudável e harmoniosa com a comunidade.

Ao longo da minha carreira, já ouvi comentários de que ser diretora ou diretor é muito fácil, que basta chegar à escola, sentar na cadeira e pronto, como em um toque de mágica, todos os problemas e necessidades da instituição são resolvidos. Doce ilusão! Só entende o desafio de ser diretor quem sente na pele e nos ombros a responsabilidade que carregamos.

Nosso trabalho começa com a criação do elo entre a escola e a comunidade local, incluindo os alunos. Pela minha experiência, essa construção depende do tempo e do comprometimento de ambas as partes. Um dos textos que mais gostei de escrever trata justamente disso. Em “Andar pela escola ajuda a derrubar o mito do diretor inacessível” (clique aqui para ler), eu conto sobre o dia em que uma aluna me convidou para sentar e comer junto com ela. Nesses momentos, eu vejo o quanto nós, gestores, somos notados pelas crianças e o quanto podemos transmitir confiança e determinação em qualquer hora da rotina escolar, seja em sala de aula, no recreio ou no lanche.

É claro que, ao lado desses textos gostosos de escrever, existem aqueles que geraram mais dificuldade. Por exemplo, não é nada fácil comentar sobre costumes, caráter, valores, cultura e qualquer outro tópico que trate de questões enraizadas pela família dos alunos. Entrar nesses assuntos é sempre delicado e me leva a buscar referências para discutir sem agredir a outra pessoa. Falei mais sobre isso em posts como “Conflito de valores entre a escola e a comunidade” (clique aqui para ler).

Ao longo deste ano inteiro compartilhando minhas experiências com vocês, também tive a honra de escutar diversas histórias de colegas educadores. Fiquei impressionada com a polivalência da Isabel, que nos contou que, além de ser diretora de uma escola rural, é professora de três classes multisseriadas na mesma instituição. Às vezes, ela quase enlouquece, mas continua firme e focada! Isso me faz lembrar como eu também preciso de foco para dar conta de gerir a escola e cuidar das funções que seriam de um coordenador pedagógico, figura inexistente onde trabalho (leia mais aqui).

Nesse tempo em que estamos juntos aqui neste espaço, descobri que, mesmo escrevendo sobre um trabalho bastante cotidiano para mim, é possível desabrochar ideias novas, resgatar conceitos e melhorar o meu preparo para lidar com o grupo de professores, de funcionários, de alunos e de pais. Em resumo, passei a valorizar mais o que eu faço!

Espero poder continuar contando com todos vocês para o estabelecimento de uma gestão democraticamente construída, onde ninguém sabe de tudo e todos podem colaborar!

Gostaria de finalizar esse texto com uma frase do educador brasileiro Paschoal Lemme (1904-1997), que diz o seguinte: “É preciso não esquecer nunca o preceito básico de que somente numa sociedade verdadeiramente democrática será possível o florescimento de uma escola democrática e popular, que satisfaça a todas as legítimas aspirações do povo e de seus professores e educadores”.

Convido vocês a também deixar um recado no nosso blog e comentar o que significa para vocês dividir suas histórias, conquistas, erros e acertos conosco. Saiba que a participação de cada um sempre é muito importante e significativa para nós!

Um grande abraço, Sonia Abreu