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Como valorizar o acervo da biblioteca para formar leitores

POR:
Joelma Souza

foto: Shutterstock

Olá, diretor,

Você já parou para pensar no papel da escola na formação de leitores? Será que ele está sendo assegurado em todo o seu potencial? Hoje, vamos conversar sobre isso. Citando a professora e pesquisadora Isabel Solé, no texto O Prazer de Ler, “A escola não pode compensar as injustiças e as desigualdades sociais que nos assolam, mas pode fazer muito para evitar que sejam acirradas em seu interior. Ajudar os alunos a ler, a fazer com que se interessem pela leitura, é dotá-los de um instrumento de aculturação e de tomada de consciência cuja funcionalidade escapa dos limites da instituição”.

Para refletir se a escola está fazendo o possível nessa área, você pode levantar as seguintes perguntas: Como é organizada a divulgação do acervo da biblioteca? Os livros estão disponíveis em espaços que facilitam o acesso por todos? Eles apresentam marcas de que estão sendo utilizados? Se apresentarem, é um ótimo sinal. Como é feito o empréstimo? Os alunos, professores, funcionários e outros membros da comunidade têm conhecimento desse processo? O coordenador pedagógico planeja com os professores o uso frequente desses materiais? Você se reúne com os responsáveis pela biblioteca para saber mais sobre o uso desse espaço?

GESTÃO ESCOLAR fez uma reportagem com oito ações para construir uma escola leitora. Confira no link se alguma dessas ações pode ser aplicada aí na instituição que você trabalha. A educadora Telma Weisz também fala, neste vídeo, sobre algumas atitudes tomadas no dia a dia que ajudam a criar a cultura leitora. Vale a pena conferir o que ela pensa sobre o tema!

Essa atividade também pode ser facilitada aproveitando os próprios recursos oferecidos pelo governo. O Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE) distribui acervos de literatura para as escolas públicas do Brasil. São textos em prosa (novelas, contos, crônica, memórias, biografias e teatro), em verso (poemas, cantigas, parlendas, adivinhas), livros de imagens e  histórias em quadrinhos. Você já deve ter reparado que os livros novos não chegam todo ano. É porque existe uma lógica de distribuição: nos anos pares são distribuídos livros para as escolas de Educação Infantil, anos iniciais do Ensino Fundamental e Educação de Jovens e Adultos (EJA). Já nos anos ímpares, a distribuição ocorre para as escolas dos anos finais do Fundamental e do Ensino Médio. Que tal divulgar a chegada do acervo novo, indicando sugestões de leitura para diferentes faixas etárias? Assim, a biblioteca fica mais dinâmica e os alunos entram em contato com textos que vão além dos livros didáticos.

Você já pensou em alguma proposta para incentivar a leitura na sua escola? Compartilhe conosco nos comentários!

Um abraço,

Maura