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O que a Base Nacional tem a ver com a direção da escola?

POR:
Joelma Souza

Crédito: Divulgação

Olá, diretor,

Nesta semana, foi divulgada a segunda versão da Base Nacional Comum Curricular. Você está acompanhando os debates? Já parou para pensar no que toda essa conversa reflete em seu trabalho como gestor?

A gestão participativa vem se fortalecendo desde a elaboração ou revisão dos Planos Municipais de Educação, com vários fóruns de discussão nas redes de ensino, e reuniões em escolas e assembleias. Estamos agora em um novo movimento, em que assegurar a participação de todos os educadores também será fundamental. A discussão da Base Nacional Curricular Comum implicará para nós, diretores, a oportunidade de refletir junto com a comunidade sobre a revisão do currículo desejado para as escolas.

Esta reportagem mostra como a Base, que é discutida em nível nacional, se reflete em âmbitos menores, como o Projeto Político-Pedagógico (PPP) da sua escola. Como assim? Ela é um documento que determina o que o país considera adequado que o estudante aprenda, em cada ano. Sua aprovação poderá fazer com que os municípios e as escolas busquem adequar seus currículos às expectativas nacionais, sem abrir mão dos saberes específicos locais, que sabemos que também precisam ter espaço na escola e não pretende-se que sejam abolidos. Este vídeo com um debate entre especialistas mostra a importância de se valorizar, ao mesmo tempo, tanto a Base Nacional quanto a autonomia da escola de colocar em seu currículo temas que ela considere relevantes para seus alunos.

Esta é uma ótima ocasião para favorecer o protagonismo dos educadores na tomada de decisão sobre qual cidadão queremos formar. O conhecimento dos profissionais de ensino poderá nortear a análise dos documentos oficiais, pois o saber construído por eles no diálogo cotidiano é precioso e único dessa experiência. Agregar pais e o conselho escolar também é necessário e fundamental para que eles possam saber mais sobre como a escola pretende melhorar a qualidade de ensino e de aprendizagem dos alunos.

Quais são as expectativas de aprendizagem já definidas para seus alunos ao longo de cada ano? Quais ações de acompanhamento são realizadas? Essas são perguntas essenciais para você, diretor, nortear as discussões com sua equipe, e garantir que elas consigam acontecer dentro da escola, nos horários de trabalho coletivo, com a participação de todos.

Muitas vezes, encontramos profissionais que limitam o currículo a uma lista de conteúdos ou habilidades, mas existe um aspecto essencial desse documento que às vezes é deixado de lado: o papel de assegurar o direito de aprendizagem para todos os alunos, através da definição das expectativas em cada nível e ano de ensino, amenizando uma situação que infelizmente é comum, quando alunos de uma mesma unidade escolar vivenciam situações de aprendizagem totalmente antagônicas.

O currículo deve considerar a realidade da escola e de sua comunidade, os saberes específicos da região, mas também o acesso a conteúdos essenciais para o desenvolvimento educacional dos alunos. em qualquer lugar do território nacional. Para isso, estar atento ao andamento da Base Nacional faz toda a diferença.

Como está sendo a discussão em seu município? Você está participando? Conte para nós nos comentários.

Um abraço,

Maura