Ônibus e bicicleta são alternativas para diminuir o número de carros nas ruas. Foto: Shutterstock
Os veículos automotores são alguns dos grandes responsáveis pelas emissões de carbono na atmosfera que causam graves problemas ambientais. E o transporte é uma questão que está presente na vida dos estudantes que frequentam a escola em que você trabalha e se locomovem, diariamente, para ir de casa para a instituição e vice-versa. Por ser uma questão assim tão ampla, esse tema também pode ser fonte de reflexões interessantes que levem à mudança de atitudes e colaborem para que as famílias que vocês atendem adquiram hábitos mais saudáveis.
Veja o que você pode avaliar em relação a alguns meios de transporte bastante comuns na vida estudantil.
Carro
Veículos particulares usados para transportar apenas duas pessoas (a mãe e a criança, por exemplo) geram problemas ao trânsito e ao ar que respiramos. O ideal é, portanto, diminuir ao máximo a quantidade de carros que vão diariamente para a escola. Quem não quiser aderir ao transporte público, tem como alternativa participar de um programa de carona solidária. A ideia é muito simples: famílias que se deslocam de uma mesma região para a escola podem se organizar para que apenas uma delas leve várias crianças juntas em um veículo. O Educar para Crescer fez uma cartilha com sugestões para implantar um projeto desse tipo (acesse aqui). Para estimular essa ação, você pode promover o contato entre os pais (em reuniões presenciais, grupos online ou por listas que circulem entre os alunos) e criar uma vaga especial para os carros cadastrados na carona solidária poderem estacionar com mais facilidade.
Ônibus, van ou barco
A opção pelo transporte público ou coletivo (com vans e ônibus particulares) diminui bastante o número de veículos nas ruas. Você pode monitorar os serviços oferecidos pelo município e, por meio de conversa com os familiares dos alunos, avaliar se eles são suficientes e adequados. Quando houver lacunas, os órgãos públicos devem ser acionados e também é possível pleitear veículos que atendam os estudantes de uma escola específica. O programa Caminho da Escola, do Ministério da Educação (MEC), permite a aquisição de ônibus, lanchas e bicicletas (falaremos delas no próximo item). Se a escola possui um esquema próprio, com um motorista particular, lembre-se que ele também é um educador e pode ser envolvido nas reflexões e na concepção de ensino da instituição. A GESTÃO ESCOLAR fez uma reportagem com sugestões para a formação desse profissional. Confira aqui.
Bicicleta
Como disse anteriormente, as bicicletas também podem ser obtidas com recursos do programa Caminho da Escola. Sendo bikes adquiridas dessa maneira ou aquelas que são pessoais dos alunos, a escola precisa se preparar para receber adequadamente os usuários desse transporte e incentivá-los. É essencial reservar um espaço seguro para o estacionamento das “magrelas” e criar regras como o uso de cadeado. Os estudantes devem ser orientados a usar capacete e outros mecanismos de segurança (como o farol à noite). Para quem vem de longe, o ideal é ter um vestiário que permita se trocar e até tomar banho em dias mais quentes. Os acessos e a entrada das bicicletas na escola também devem ser adequadamente identificados (com uma faixa pintada no chão, por exemplo) para evitar que elas tenham que disputar espaço com os carros.
A pé
Sem dúvida, caminhar é a maneira que menos emite carbono. E, assim como a bicicleta, ainda ajuda a tirar a criançada do sedentarismo. O princípio da carona solidária pode ser aplicado aqui também. Se os pais não têm tempo de andar com os filhos todos os dias até a escola, podem ser criados grupos de crianças e um adulto as acompanha em cada dia da semana.
E aí na sua escola, que alternativas de transporte vocês têm implantado?
Um abraço e até a próxima.