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Como meço os resultados dos encontros de formação

POR:
Muriele Massucato, Eduarda Diniz Mayrink

As aprendizagens dos alunos me mostra quanto meus professores evoluíram

 

Em junho deste ano, ao avaliar com os professores as reuniões de ATPC do 1º semestre, incluí as seguintes perguntas:

- Considerando as reuniões de estudo desta escola a partir de 2009, pense em um conteúdo específico estudado que tenha ajudado você a melhorar/mudar suas aulas. Dê exemplos.

- Você acha que os alunos evoluíram, em alguma aprendizagem, depois de alguma formação que você recebeu em ATPC? Qual?

Ao fazer essas duas perguntas eu queria saber e ter registrado sobre o que cada professor tinha a dizer sobre isso. Além disso, poderia escrever com mais certeza e não ficar no “achismo”. E é o que descrevo abaixo.

Estratégias formativas transformaram a prática de alguns professores

Caso real: antes e depois da formação

Produção e Revisão de Texto

Os professores sempre trabalharam com a escrita e correção de textos produzidos pelos alunos, mas os critérios de correção, por exemplo, não eram tão claros como hoje. Ou seja, o que o aluno precisava escrever quanto ao tema, ao gênero, à organização do texto de forma lógica e produtiva e à norma culta. Não faziam a “revisão coletiva”, que é um momento importante para os alunos aprenderem a revisar seus próprios textos. Também não havia muita preocupação com a produção escrita de gêneros textuais diferentes.

Os estudos em ATPC, voltados para os gêneros textuais, para a metodologia a ser desenvolvida (antes, durante e depois) no ensino de produção de textos e a revisão dos mesmos, mudaram a prática dos docentes que coordeno.

Hoje, os professores têm clareza de que os alunos, ao produzirem textos, precisam saber “o que escrever”, “em que gênero escrever”, “para quem vão escrever” e “onde vai circular o texto produzido”. Também é necessário que isso seja ensinado a eles. Os professores têm clareza de que a revisão dos textos requer metodologia adequada, mas esse assunto é para um outro post.

Vocês acham que é fácil e rápido? Não é.  Essa formação foi e está em processo na Escola Maria Aparecida dos Santos Oliveira, mas tem dado muito resultado – os alunos, ao escrever, agora se preocupam em não fugir do tema proposto, em estruturar o texto com pontuação, em usar adequadamente a folha em que vão escrever e com palavras que podem usar como conectivos entre uma frase e outra.

Sabem por que os professores mudaram a prática? Porque conseguem enxergar a evolução dos alunos. Como? Por meio das sondagens, do diagnóstico das produções, seguindo critérios de correção, registrando em planilhas (iniciais e finais) os resultados e analisando. Os critérios que utilizamos, durante o ano, para avaliar a produção de textos são os utilizados pelo SARESP (veja aqui) e as planilhas foram orientação da Diretoria de Ensino. Aliás, ter critérios é muito importante e mais, o professor se sente seguro ao saber onde deve investir.

Eu também consigo verificar a evolução de cada aluno por meio dos portfólios das turmas que analiso a cada dois meses. Quando os alunos escrevem os textos que vão para o portfólio da classe, eles sabem que eu vou ler todos e comparar as produções de cada um. Tem um detalhe importante, eu sempre vou até a classe comentar sobre os textos deles e isso os motiva a escrever cada vez mais.

Como funciona na escola de vocês? De quanto em quanto tempo vocês avaliam a evolução dos alunos junto com sua equipe de professores?

Um beijo, Maria Inês