Em junho deste ano, ao avaliar com os professores as reuniões de ATPC do 1º semestre, incluí as seguintes perguntas:
- Considerando as reuniões de estudo desta escola a partir de 2009, pense em um conteúdo específico estudado que tenha ajudado você a melhorar/mudar suas aulas. Dê exemplos.
- Você acha que os alunos evoluíram, em alguma aprendizagem, depois de alguma formação que você recebeu em ATPC? Qual?
Ao fazer essas duas perguntas eu queria saber e ter registrado sobre o que cada professor tinha a dizer sobre isso. Além disso, poderia escrever com mais certeza e não ficar no “achismo”. E é o que descrevo abaixo.
Estratégias formativas transformaram a prática de alguns professores
Caso real: antes e depois da formação
Produção e Revisão de Texto
Os professores sempre trabalharam com a escrita e correção de textos produzidos pelos alunos, mas os critérios de correção, por exemplo, não eram tão claros como hoje. Ou seja, o que o aluno precisava escrever quanto ao tema, ao gênero, à organização do texto de forma lógica e produtiva e à norma culta. Não faziam a “revisão coletiva”, que é um momento importante para os alunos aprenderem a revisar seus próprios textos. Também não havia muita preocupação com a produção escrita de gêneros textuais diferentes.
Os estudos em ATPC, voltados para os gêneros textuais, para a metodologia a ser desenvolvida (antes, durante e depois) no ensino de produção de textos e a revisão dos mesmos, mudaram a prática dos docentes que coordeno.
Hoje, os professores têm clareza de que os alunos, ao produzirem textos, precisam saber “o que escrever”, “em que gênero escrever”, “para quem vão escrever” e “onde vai circular o texto produzido”. Também é necessário que isso seja ensinado a eles. Os professores têm clareza de que a revisão dos textos requer metodologia adequada, mas esse assunto é para um outro post.
Vocês acham que é fácil e rápido? Não é. Essa formação foi e está em processo na Escola Maria Aparecida dos Santos Oliveira, mas tem dado muito resultado – os alunos, ao escrever, agora se preocupam em não fugir do tema proposto, em estruturar o texto com pontuação, em usar adequadamente a folha em que vão escrever e com palavras que podem usar como conectivos entre uma frase e outra.
Sabem por que os professores mudaram a prática? Porque conseguem enxergar a evolução dos alunos. Como? Por meio das sondagens, do diagnóstico das produções, seguindo critérios de correção, registrando em planilhas (iniciais e finais) os resultados e analisando. Os critérios que utilizamos, durante o ano, para avaliar a produção de textos são os utilizados pelo SARESP (veja aqui) e as planilhas foram orientação da Diretoria de Ensino. Aliás, ter critérios é muito importante e mais, o professor se sente seguro ao saber onde deve investir.
Eu também consigo verificar a evolução de cada aluno por meio dos portfólios das turmas que analiso a cada dois meses. Quando os alunos escrevem os textos que vão para o portfólio da classe, eles sabem que eu vou ler todos e comparar as produções de cada um. Tem um detalhe importante, eu sempre vou até a classe comentar sobre os textos deles e isso os motiva a escrever cada vez mais.
Como funciona na escola de vocês? De quanto em quanto tempo vocês avaliam a evolução dos alunos junto com sua equipe de professores?
Um beijo, Maria Inês