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A possibilidade de recuperação da aprendizagem ao final do ano letivo

POR:
Muriele Massucato, Eduarda Diniz Mayrink

É hora de discutir com a equipe as estratégias possíveis para fazer os alunos avançarem

Na escola onde eu trabalho, os alunos com defasagens de aprendizagem são assistidos o ano todo, tanto pelo professor regente, como pelo professor auxiliar. Entretanto, quando chegamos à reta final do ano letivo, verificamos o quanto ainda há por fazer pelos alunos.

Pensar nas aprendizagens e nas expectativas não atingidas pelas crianças, em seus respectivos anos, é responsabilidade de todos. Ao coordenador pedagógico, cabe o papel de saber quantos são e quem são os alunos que se encontram em defasagem e organizar, com a equipe de professores, algumas possibilidades de oferecer um reforço extra aos alunos.

Na escola em que trabalho, fazemos um plano emergencial para recuperar conteúdos não aprendidos por alguns alunos e uma das ações consiste em organizar o que chamamos de “Grupos de Apoio”. Os alunos são agrupados tendo como referência as dificuldades enfrentadas, não importa se está no 3º ou 5º Ano. Vou contar como fazemos.

O passo a passo do  plano emergencial

1- Levantamos o foco da recuperação, por exemplo, reflexão do sistema de escrita alfabética, produção de texto ou leitura com autonomia.

2- Separamos os grupos de alunos de acordo com o foco da recuperação.

3- Discutimos quem serão os professores que ficarão com os grupos de apoio. Estes devem ter o perfil necessário para o respectivo foco da recuperação.

4- Organizamos os alunos que não farão parte dos grupos de apoio, de modo que todos tenham suas aulas garantidas.

5- Planejamos o período em que acontecerá essa ação, os dias da semana e o tempo em que acontecerão os agrupamentos. Geralmente, organizamos para que os grupos aconteçam duas vezes por semana durante duas horas.

6- Explicamos às crianças o motivo de estarem trocando de sala nesses momentos e o que irá acontecer com elas. Contamos que os diversos grupos de alunos participarão de atividades diferentes, que serão importantes para reforçarem a aprendizagem de todos. Explicamos também que conhecerão novos professores.

7- Comunicamos aos pais o objetivo dos reagrupamentos de alunos e da importância de não deixarem a criança faltar.

8- Oriento os professores que atuarão com os grupos para que planejem e registrem as atividades desenvolvidas.

9- Ao final da ação, fazemos uma avaliação para discutir pontos negativos e positivos. Um aspecto bastante positivo nessa ação é o de focar as atividades adequadas para as dificuldades dos alunos.

Na sua escola, há algum plano para pensar na recuperação, mesmo que ao final do ano letivo? Compartilhem conosco.

Um beijo, Maria Inês