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O papel do estagiário na minha escola é muito mais que observar e cortar papéis

POR:
Muriele Massucato, Eduarda Diniz Mayrink

Aqui na escola o estagiário tem papel definido na rotina de sala de aula e depois de um tempo observando e auxiliando o professor nos encaminhamentos das situações didáticas, já é possível dividir a turma com o ele

Há muitos anos, o estudante de Pedagogia cumpre uma determinada carga horária de estágio em escolas públicas. Entretanto, o papel desse aprendiz muitas vezes é subestimado. A lei diz “O estágio visa ao aprendizado de competências próprias da atividade profissional…” e está certo, pois nada melhor que aprender com bons profissionais e na prática.

Cabe à escola investir na formação dos estagiários no que diz respeito às especificidades do segmento que está atuando, e contar com a atuação deles na prática da sala de aula sob a orientação do professor.

Anualmente contamos com certo número de estagiários que a Secretaria de Educação contrata, numa parceria com o Centro de Educação Empresa Escola (CIEE). Privilegiamos as turmas de 3 anos, depois as de 5 anos e por último as de 4 anos e o argumento é simples: os primeiros porque são bem pequenos, os de 5 anos porque tem um número maior de alunos e geralmente são turmas que desafiam mais e os de 4 anos é um grupo que já tem bastante autonomia e um número menor de alunos, as professoras aqui da escola já sabem, quando escolhem o infantil 2, que na escala para divisão de estagiários serão atendidos depois do infantil 1 e do 3.

É comum o professor ter dificuldades de orientar e delegar tarefas, muitas vezes por estar acostumado a não contar com o apoio e auxílio de outro profissional em sala. Outras porque subestima o quanto o estagiário pode atuar na gestão da sala de aula, tendo sempre o professor como modelo.

Aqui na escola o estagiário tem papel definido na rotina de sala de aula e depois de um tempo observando e auxiliando o professor nos encaminhamentos das situações didáticas já é possível dividir a turma com o professor.  As crianças são divididas em 2 turmas (conforme seus saberes e intencionalidade educativa da atividade). Enquanto um grupo está com o professor num espaço definido (que pode ser dentro da mesma sala, no pátio ou outro espaço),  outro grupo de crianças estará com o estagiário realizando uma atividade planejada e orientada pelo professor.  Certamente o ganho é de todos!

É bom para a aprendizagem das crianças, pois será um grupo pequeno com uma situação didática ajustada aos seus saberes. O estagiário atua sob tutela do professor e na medida em que este, o professor, precisa explicitar todas as intervenções e intencionalidades da situação didática para o estagiário, amplia seus conhecimentos do processo de aprendizagem e, finalmente, é ótimo para o estagiário visto que ele se qualifica enquanto profissional, pois atuará ativamente nas situações de ensino e aprendizagem com a supervisão do professor.

Para orientar a atuação do estagiário em sala de aula a coordenadora Renata Dias Oliveira,  elaborou um quadro muito bacana sobre o papel do estagiário na sua escola, copiei sua ideia e reelaborei junto com os professores aqui da escola (veja aqui).

Ao longo do ano faço alguns grupos de formação com os estagiários refletindo com eles sobre a rotina da sala de aula, o porquê de cada um dos momentos, como se faz uma boa intervenção, como agir em situações de conflito e muitos outros conteúdos.

E na sua escola, os estagiários estão tendo oportunidade de aprender e praticar?

Um beijo, Leninha