Ir ao conteúdo principal Ir ao menu Principal Ir ao menu de Guias
Notícias
5 4 3 2 1

A matemática e outros jogos na turma do infantil 3

POR:
Muriele Massucato, Eduarda Diniz Mayrink

Os jogos trabalhados em sala possuem objetivos específicos e necessitam da intervenção do professor

No post anterior, falei sobre o projeto de empréstimo de jogos matemáticos que temos aqui na escola (chamado de leva e traz de matemática) e o potencial dos jogos na aprendizagem de variados conteúdos. Vou compartilhar hoje outros jogos que estão presentes na sala do infantil 3, já que nos posts de 16 e 23 de outubro (clique sobre os números para vê-los) falei sobre os jogos nas turmas de infantil 1 e 2, respectivamente.

O cubra e descubra (acesse aqui) tem foco na quantificação (contagem dos pontos nos dados) e interpretação dos números. Se joga em duplas.

Brincar de número oculto (aqui) possibilita às crianças reflexões sobre a série numérica escrita, a interpretação e escrita dos números.

O bingo dos redondos foca a interpretação das escritas numéricas (aqui) e, assim como o número oculto, é possível brincar com a turma toda.

Brincar de batalha de composição permite que a turma aprenda sobre produção e interpretação dos números (aqui).

Por fim a guerra dos dados (aqui) que envolve a aprendizagem do registro de quantidades e o cálculo.

A maneira mais adequada de introduzir os jogos na sala e assegurar que os pequenos aprendam as regras e gostem de jogar é introduzi-los no momento do diversificado. Assim, o professor pode sentar junto e jogar com parte das crianças enquanto os demais estão realizando outras atividades. Aí vale o empenho do professor para manter as características do jogo enquanto objeto social que é, ou seja, não didatizá-lo fazendo intervenções inoportunas.

É preciso jogar com os pequenos vibrando, compartilhando as estratégias que tenta utilizar para ganhar, ser de fato mais um jogador como seria num jogo que estivesse jogando com amigos para se divertir e assim deixar que as próprias regras e características do jogo cumpram seus papeis e os pequenos aprendam os conteúdos embutidos na jogada e em como se ganha.

Vale uma observação na introdução do jogo guerra dos dados. Como brincar nesse caso envolve marcar/registrar os pontos que tirou nos dados e as crianças precisam visualizar diferentes possibilidades de registro de quantidades, é mais produtivo fazer o desenho de 2 colunas na lousa e dividir a turma em 2 equipes que jogam 2 dados grandes (de espuma ou confeccionado de caixa de papelão), e na torcida pela sua equipe os pequenos acompanham os procedimentos de registro de quantidades com algarismos, que pode ser um desafio maior no momento de calcular os total de pontos, ou com risquinhos ou bolinhas, procedimento que precisa aparecer.

Caso nenhuma criança utilize risquinhos ou bolinhas o professor fala que viu uma criança de outra sala utilizando e sugere que experimentem marcar dessa maneira. O mais importante é que a situação didática se configure, de fato, num jogo gostoso que as crianças vibrem e torçam. Isso depende dos encaminhamentos do professor.

Outro aspecto a se considerar é que os jogos vão sendo introduzidos ao longo do ano, conforme os saberes da turma e os conteúdos de aprendizagem, ou seja, quanto mais as crianças jogarem mais vão compreender as regras e começar a utilizar estratégias de registro e cálculo para ganhar e assim aprender mais.

E na sua escola, que jogos estão nas salas de aula?

Um beijo, Leninha