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Relatórios de avaliação das aprendizagens do aluno: o papel do coordenador pedagógico

POR:
Muriele Massucato, Eduarda Diniz Mayrink

Não é nada fácil para os professores escrever com clareza e objetividade sobre o processo de aprendizagem de cada criança e é meu papel ajudá-los

Aqui na escola, os pais recebem um relatório de avaliação das aprendizagens de seus filhos ao final de cada semestre.  Cabe ao coordenador pedagógico ajudar os professores a definir o que e como vão relatar sobre o percurso de cada criança.

Não é nada fácil para o professor escrever com clareza e objetividade sobre o processo de aprendizagem de cada criança.  Há que se considerar que os pais são leigos e, portanto, não devemos utilizar termos muito técnicos. Apesar disso, os relatórios precisam ser elaborados com o intuito de apresentar, de fato, o percurso da criança. Eles serão consultados por futuros professores e outros profissionais/terapeutas que atendem ou atenderão as crianças.

Como ajudo os professores?

Os novatos na escola ou na profissão: a melhor maneira que encontrei de orientar e subsidiar esses professores é lendo junto com eles dois bons relatórios, elaborados por professores diferentes e do mesmo nível deles (Infantil 1, 2 ou 3).

Conforme efetuamos a leitura, solicito que o professor explicite como foi relatado cada momento da rotina e dos eixos de aprendizagem, procurando estabelecer uma comparação com a sua classe e tentando relatar oralmente sobre uma criança de sua turma. Esse exercício ajuda os professores a focar suas observações. É claro que tudo isso é feito sob minha orientação. Depois disso, também entrego a eles algumas orientações por escrito (veja aqui).

Com os mais experientes: como já conheço seus estilos de escrita, sei quem tem mais facilidade e quem precisa de ajuda. E me organizo para isso! De alguns professores, leio apenas alguns relatórios, justamente os que eles julgam ser os mais difíceis para serem elaborados. De outros professores, sei que precisarei ler todos muito atentamente.

Com todos os professores: combino que irão escrever primeiramente os relatórios de duas crianças, das quais conseguem visualizar com mais facilidade todo o processo de aprendizagem (claro que consultando seus inúmeros registros). Depois, de duas que consideram de média facilidade e de duas que consideram mais difíceis.

Leio todos os relatórios e faço uma devolutiva para cada professor. Nessa conversa, procuro deixar bem claro as partes dos textos que considero claras e objetivas para um interlocutor leigo, pois é assim que deve ser o texto todo. Também indico o que pode ser melhorado e de que forma isso pode ser feito. Eu e o professor, juntos, reescrevemos parágrafos inteiros, ajudando-o a encontrar as melhores palavras para qualificar o relatório e esperando que ele aperfeiçoe a escrita dos demais, fazendo desse momento uma formação individual.

Depois dessa fase combino uma data para me enviarem por e-mail e providenciarei a impressão. Aqueles professores que tem mais dificuldade na escrita serão os primeiros a me entregarem visto que lerei todos e certamente será preciso reescrever alguns.

Deixo aqui um modelo de cada nível para ajudar outros professores novatos.

(infantil 1)  (infantil 2)  (infantil 3)

E na sua escola, elaborar os relatórios também é um momento formativo?

Um beijo, Leninha