Além de coordenadora pedagógica na Escola Maria Aparecida, também sou professora na FAIBI (Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ibitinga). Desde 2002, trabalho no curso de Pedagogia, lecionando as disciplinas de Didática, Metodologia de Alfabetização, Coordenação Pedagógica e Supervisão de Estágios.
Como vocês podem ver, já trabalho com formação inicial e formação em serviço há 11 anos!
Hoje, vou contar para vocês como ser professora em uma faculdade tem contribuído para o trabalho que desenvolvo na escola e vice-versa.
Na academia, sabemos que a relação entre a teoria e a prática é imprescindível. No entanto, muitas vezes as aulas do Ensino Superior trabalham apenas no campo teórico. É justamente neste ponto de impasse que entro com a minha experiência como coordenadora de anos iniciais do Ensino Fundamental. Levo para as minhas aulas na universidade as práticas pedagógicas do processo de ensino e de aprendizagem que vivencio na escola e sempre digo que ela é o meu laboratório.
Diante da realidade que enfrentamos na “profissão professor”, não considero ser simples lecionar em curso superior de formação de professores. Por isso, além de trabalhar os “saberes” e o “saber fazer” necessários para a docência, tento conquistar os meus alunos para a apaixonante área que é a educação, sem me esquecer de deixar claro que esta não é uma carreira fácil.
A troca de experiências, no entanto, não para por aí. As teorias e as discussões com meus colegas do curso superior me ajudam a preparar as pautas para as reuniões de ATPCs (Aulas de Trabalho Pedagógico Coletivo) na escola. Para os professores, levo o embasamento teórico para as atividades que eles desenvolvem em sala de aula com as crianças. É muito importante que todos eles saibam que, por trás de suas práticas pedagógicas, sempre há uma concepção de ensino e de aprendizagem.
Depois de todo esse trabalho vejo que, quanto mais houver a relação entre a teoria e a prática – ou seja, entre universidade e escola – melhor estaremos formando os professores, seja na formação inicial ou na formação que nós, coordenadores pedagógicos, nos responsabilizamos em fazer com nossos educadores!
E vocês coordenadores, como veem a relação entre os “saberes” e o “saber fazer” nas escolas de vocês?
Beijos, Maria Inês