A ideia de escrever um post sobre como se tornar coordenador pedagógico na carreira de magistério surgiu da dúvida de uma leitora do blog. Achei o tema bastante interessante! Então, hoje conto para vocês como isso pode ser feito, tomando como exemplo a minha própria trajetória. Mas, antes mesmo de começar, já deixo claro que não existe um passo a passo para isso acontecer!
Sou formada em Pedagogia. Atuei como docente em um curso de formação de professores do Ensino Médio por 16 anos numa escola estadual. Saí dela porque fui designada vice-diretora na escola Maria Aparecida, em Ibitinga, no interior de São Paulo. Após três anos nesse cargo, me tornei, por opção e paixão, coordenadora pedagógica dos anos iniciais do Ensino Fundamental e lá estou até hoje. Meu cargo é de professora, com designação de professora coordenadora, e é assim que pretendo me aposentar.
Minha formação e trajetória, no entanto, não são regra para todos os lugares. Para ser professor coordenador na rede de ensino estadual de São Paulo, por exemplo, não há necessidade de ser formado em Pedagogia. No entanto, deve-se atender a outros requisitos, como portar um diploma de licenciatura plena e ter pelo menos três anos de experiência docente em escolas públicas do estado.
As redes municipais, por outro lado, adotam formas próprias para a escolha dos coordenadores e seus critérios podem ser lidos no plano de carreira de cada cidade. Na rede privada, a escolha é semelhante. Cada escola tem seus próprios critérios para escolher os ocupantes da função professor coordenador. Muitas vezes, a seleção depende do currículo e da entrevista que é feita com o interessado em assumir esse cargo.
Apesar de algumas redes possuírem exigências próprias (é importante você se informar quais são as do seu município ou do seu estado!), vou falar para vocês o que eu acho essencial para passar de professor a coordenador na carreira de magistério.
Como vocês puderam ver, eu já estou há bastante tempo no magistério. São 24 anos de trabalho na área, ou seja, uma vida! Após todo esse período, posso dizer que a experiência na Educação Básica é bem importante para o trabalho na coordenação. Isso porque as atribuições do coordenador estão muito ligadas ao aspecto pedagógico, ou seja, ao trabalho do professor dentro da sala de aula. Se você tiver essa vivência, terá mais segurança em sugerir situações didáticas.
Algo que também me ajudou no início do trabalho – e pode servir de dica para quem quer começar no cargo – foi o fato de já trabalhar na escola em que me tornei coordenadora. Eu conhecia todas as suas necessidades e, assim, pude pensar em planejamentos e atividades adequadas para a realidade do lugar.
Como disse no início, não existe uma receita para deixar de ser professor e passar a ser coordenador. Esse passo vai depender da sua experiência e também dos critérios de seleção da escola que você deseja trabalhar.
Espero ter contribuído com os leitores do blog sobre o tema!
O que vocês acham de compartilhar suas trajetórias também? Elas podem servir de exemplo para outros que desejam se tornar coordenadores!
Abraços, Maria Inês