Na semana passada, compartilhei com vocês como estudei com os professores da minha escola as expectativas de aprendizagem de Língua Portuguesa. Hoje, vou continuar com o assunto, mas agora sobre Matemática.
Essa disciplina também possui uma série expectativas para os diferentes eixos de conteúdo. Entre eles, estão números e operações, grandezas e medidas, espaço e forma e tratamento da informação. Para trabalhar esses parâmetros com os docentes, planejei várias reuniões de formação para “destrinchá-los”, organizando-os em quadros por conteúdos e os respectivos anos/séries.
Em vez de falar sobre todos esses eixos, vou focar minha atenção na forma como estudei o conteúdo “tratamento da informação”, que foi bastante significativa. Veja o passo a passo do trabalho.
Estudo do conteúdo “tratamento da informação”
- Entreguei e apresentei aos professores o quadro previamente montado, com as expectativas para os respectivos anos/séries
- Realizamos a leitura compartilhada das expectativas por ano/série
- Pedi para que os docentes destacassem, com diferentes cores, os seguintes termos: tabela simples, tabela de dupla entrada, gráfico de colunas, gráfico de barras e gráfico de setor
- Solicitei aos professores que, em grupos, analisassem e comparassem os “conteúdos de tratamento da informação” nos diferentes anos do Ensino Fundamental 1. Meu objetivo era que enxergassem que a cada ano as expectativas vão tornando-se mais complexas
Uma das conclusões do grupo foi que as expectativas trabalhadas nos diferentes anos contemplavam o seguinte:
1º Ano: tabela simples;
2º Ano: tabela simples + gráfico de colunas;
3º Ano: tabela simples + tabela de dupla entrada + gráfico de colunas + gráfico de barras;
4º Ano: tabela simples + gráfico de colunas + tabela de dupla entrada + gráfico de barras + gráfico de setores;
5º Ano: tabela simples + tabela de dupla entrada + gráfico de colunas + gráfico de setores.
Após esse trabalho, surgiram algumas dúvidas. Percebi que alguns professores estavam com dificuldades para diferenciar tipos de tabelas e de gráficos. Então, na reunião de formação seguinte dei continuidade ao tema.
5. Em papel pardo, montei um painel com exemplos ilustrativos dos diferentes tipos de tabelas e de gráficos. Nele, escrevi breves explicações das adequações de cada um para diferentes situações
6. Entreguei aos professores revistas e jornais para que identificassem, recortassem e colassem no cartaz os diferentes tipos de tabelas e gráficos que encontrassem
A interação e a troca de experiências entre os docentes foram significativas. Assim, eles construíram em grupo conhecimentos que não estavam tão claros para alguns deles.
Encerrei a reunião com a reflexão de como é importante o professor ter segurança ao ensinar os conteúdos aos alunos. Esse domínio e a utilização de metodologias adequadas fazem a diferença na prática docente. E é nossa função enquanto coordenadores proporcionar estudos para que os professores continuem aprendendo. No final, quem ganha são as crianças, não é mesmo?
E vocês, coordenadores, já trabalharam as expectativas de aprendizagem de Matemática com seus professores? Compartilhem como vocês fizeram isso.
Beijos, Maria Inês