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Como organizei os estudos das expectativas de aprendizagem de Matemática

POR:
Muriele Massucato, Eduarda Diniz Mayrink
Ao perceber que os professores estavam com dificuldades para diferencias os tipos de tabelas e gráficas, montei um painel com exemplos ilustrativos

Ao perceber que os professores estavam com dificuldades para diferenciar os tipos de tabelas e gráficas, montei um painel com exemplos ilustrativos

Na semana passada, compartilhei com vocês como estudei com os professores da minha escola as expectativas de aprendizagem de Língua Portuguesa. Hoje, vou continuar com o assunto, mas agora sobre Matemática.

Essa disciplina também possui uma série expectativas para os diferentes eixos de conteúdo. Entre eles, estão números e operações, grandezas e medidas, espaço e forma e tratamento da informação. Para trabalhar esses parâmetros com os docentes, planejei várias reuniões de formação para “destrinchá-los”, organizando-os em quadros por conteúdos e os respectivos anos/séries.

Em vez de falar sobre todos esses eixos, vou focar minha atenção na forma como estudei o conteúdo “tratamento da informação”, que foi bastante significativa. Veja o passo a passo do trabalho.

Estudo do conteúdo “tratamento da informação”

  1. Entreguei e apresentei aos professores o quadro previamente montado, com as expectativas para os respectivos anos/séries
  2. Realizamos a leitura compartilhada das expectativas por ano/série
  3. Pedi para que os docentes destacassem, com diferentes cores, os seguintes termos: tabela simples, tabela de dupla entrada, gráfico de colunas, gráfico de barras e gráfico de setor
  4. Solicitei aos professores que, em grupos, analisassem e comparassem os “conteúdos de tratamento da informação” nos diferentes anos do Ensino Fundamental 1. Meu objetivo era que enxergassem que a cada ano as expectativas vão tornando-se mais complexas

Uma das conclusões do grupo foi que as expectativas trabalhadas nos diferentes anos contemplavam o seguinte:

1º Ano: tabela simples;

2º Ano: tabela simples + gráfico de colunas;

3º Ano: tabela simples + tabela de dupla entrada + gráfico de colunas + gráfico de barras;

4º Ano: tabela simples + gráfico de colunas + tabela de dupla entrada + gráfico de barras + gráfico de setores;

5º Ano: tabela simples + tabela de dupla entrada + gráfico de colunas + gráfico de setores.

Após esse trabalho, surgiram algumas dúvidas. Percebi que alguns professores estavam com dificuldades para diferenciar tipos de tabelas e de gráficos. Então, na reunião de formação seguinte dei continuidade ao tema.

5.  Em papel pardo, montei um painel com exemplos ilustrativos dos diferentes tipos de tabelas e de gráficos. Nele, escrevi breves explicações das adequações de cada um para diferentes situações
6. Entreguei aos professores revistas e jornais para que identificassem, recortassem e colassem no cartaz os diferentes tipos de tabelas e gráficos que encontrassem

A interação e a troca de experiências entre os docentes foram significativas. Assim, eles construíram em grupo conhecimentos que não estavam tão claros para alguns deles.

Encerrei a reunião com a reflexão de como é importante o professor ter segurança ao ensinar os conteúdos aos alunos. Esse domínio e a utilização de metodologias adequadas fazem a diferença na prática docente. E é nossa função enquanto coordenadores proporcionar estudos para que os professores continuem aprendendo. No final, quem ganha são as crianças, não é mesmo?

E vocês, coordenadores, já trabalharam as expectativas de aprendizagem de Matemática com seus professores? Compartilhem como vocês fizeram isso.

Beijos, Maria Inês