Uma das minhas metas no início deste ano foi melhorar as reuniões de pais, aumentando a presença dos familiares e integrando-os mais ao processo de aprendizagem pelo qual seus filhos passam. Logo no período do planejamento, apresentei essa proposta à diretora da minha escola e também aos professores e, juntos, resolvemos valorizar nossas reuniões. Para isso, o foco passou a ser o diálogo sobre o cotidiano da escola, e não apenas entregar as notas das crianças e falar sobre seu comportamento.
Entre as ações desenvolvidas ao longo do ano para atingir nossa meta, estavam as seguintes:
- Fazer convites mais atrativos, mais bonitos e com texto mais objetivo
- Programar reuniões entre os pais e a diretora e coordenadora no pátio da escola para passar informações gerais sobre a instituição
- Fazer reuniões com os professores nas salas de aula, sempre com pautas bem planejadas sobre o processo de aprendizagem dos filhos e outros assuntos
- Colocar um carro de som na rua anunciando dia e horário da reunião
- Promover palestra para os pais com uma psicóloga sobre o tema “Limites na Educação”
- Organizar um momento de recreação para as crianças enquanto os pais participavam da reunião
- Envolver todos os professores e funcionários nessas ações
- Entrar em contato com pais ou responsáveis que não compareceram às reuniões
- Montar um portfólio com todos os registros
Essas ações começaram já na primeira reunião de pais do ano, denominada de “reunião de apresentação da escola”. Nela, apresentamos aos familiares a equipe gestora, os professores e os funcionários e falamos sobre como a escola funcionaria durante o ano.
Já em novembro, quando foi realizada a última reunião, o objetivo foi encerrar o ano letivo. Para isso, dividimos o encontro em duas partes. Em uma delas, os pais receberam dos professores os resultados dos trabalhos desenvolvidos, incluindo os aspectos positivos e o que poderia ter sido melhor, como a assiduidade às aulas.
Na outra parte da reunião, os responsáveis se reuniram comigo e com a diretora da escola. Nesse momento, tratamos de outros assuntos. Abaixo, listo para vocês o conteúdo da nossa conversa.
- Apresentamos as atividades realizadas fora da sala de aula, como os passeios, os projetos de leitura da biblioteca, os resultados das aulas de recuperação, entre outros.
- Demos esclarecimentos aos pais sobre as avaliações externas, como a Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA), para os 3º anos, a Prova Brasil, para os 5º anos, e o Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar de São Paulo (Saresp), para os 2º, 3º e 5º anos. Considero muito importante que os pais tenham conhecimento dessas avaliações e o porquê de elas acontecerem. Assim, quando apresentarmos os índices da escola, tanto em nível nacional como estadual, eles saberão como foram gerados esses números.
- Esclarecemos como seria o encerramento do ano letivo e demos informações sobre o período de matrícula para 2014.
- Fizemos a avaliação das reuniões e da escola. A proposta foi ouvir os pais sobre as mudanças ocorridas no convite dos encontros, no formato deles, com a divisão em duas partes, o grau de satisfação com os trabalhos da escola e ouvir sugestões.
Essa avaliação final dos pais mostrou que nossos esforços para melhorar a reunião estavam dando certo. Os familiares nos falaram que gostaram do novo formato dos encontros, da palestra, da forma como os professores conduziram as reuniões nas turmas e a maneira de organizar as atividades de recreação para as crianças que acompanham os pais.
Apesar desses bons resultados, ainda não conseguimos a participação de 100% dos familiares nas reuniões. O levantamento deste ano apresentaram uma média de 75% de participação, abaixo da nossa meta de 80% por turma. Entre as sugestões dadas por eles para aumentar a presença, estão: entrar em contato com o responsável que não compareceu ao encontro, começar as reuniões às 17h30 e não às 17h, devido ao horário de trabalho deles, e abordar novos temas, como Educação sexual e as formas de orientar os filhos.
Neste final de ano, a sensação que tenho sobre as reuniões de pais que realizamos é a de dever cumprido, pois já avançamos muito. No entanto, também fica a certeza de que ainda há muito por fazer para que todos participem mais ativamente do processo de escolarização de seus filhos.
E vocês, coordenadores, como têm buscado a participação dos pais nas reuniões e na vida escolar de seus filhos?
Beijos, Maria Inês