Considero muito importante o coordenador ter um plano de trabalho para direcionar suas ações durante o ano. Em 2008, por exemplo, apresentei um planejamento para a escola em que hoje sou coordenadora e, todo início de ano, eu o uso como modelo e o refaço de acordo com a nova realidade.
Depois desse trabalho, é essencial apresentá-lo para a direção e para os professores na reunião de planejamento, porque é ele que direciona minhas ações no dia a dia escolar. Com ele, não perco o foco das minhas funções.
Abaixo, descrevo para vocês a estrutura que elaborei para escrever o plano. Para acessar o modelo do documento, clique aqui.
- Identificação: nesse espaço, coloco os meus dados, como nome, endereço, telefone e e-mail.
- Introdução: faço referência à legislação que embasa as atribuições do coordenador
- Diagnóstico do corpo docente: neste item, eu elaboro um quadro com alguns dados dos professores (por exemplo, formação, tempo no magistério, se trabalha em outra escola, se fez opção por horas de estudos de Matemática, entre outros). Dessa forma, consigo levantar um pouquinho da realidade dos professores com os quais vou trabalhar durante o ano letivo.
- Diagnóstico do corpo discente: faço a análise geral do ano anterior quanto ao total de alunos, número de alunos evadidos, taxa de retenção e de aprovados e a quantidade de alunos em cada hipótese de escrita. Conhecer a realidade das crianças me ajuda a direcionar o meu trabalho.
- Reunião de pais: retomo a participação dos pais às reuniões do ano anterior para propor novas metas.
- Avaliações externas: é importante que o coordenador conheça os índices da escola em que trabalha. Então, sempre atualizo alguns dados no meu plano, por exemplo: Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo (IDESP) e Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB).
- Metas para o ano: além dos objetivos que proponho atingir com o meu trabalho, quantifico o que pretendo. Por isso, estabeleço metas. Por exemplo, aproveitamento de 100% do tempo destinado às reuniões de aulas de trabalho pedagógico coletivo (ATPC); trabalhar para que 100% dos alunos dos 2º anos cheguem alfabéticos ao final do ano; acompanhar o desempenho de todas as crianças do 2º ao 5º anos; acompanhar os registros de sondagens e diagnósticos de todos os professores; entre outras metas.
- Ações e estratégias adotadas frente à realidade: este item é o eixo central do meu plano, porque, a partir das minhas funções e da realidade que tenho em mãos, aponto ações para realizar com a equipe gestora, com os docentes e com os discentes.
- Aulas de Trabalho Pedagógico Coletivo (ATPC): planejo temas gerais para serem trabalhados nas reuniões durante o ano.
- Avaliação do plano: tudo o que é planejado e executado precisa ser avaliado. Assim, é possível saber o que é preciso melhorar.
Ao final do semestre ou do ano letivo, proponho aos professores, em reunião de ATPC, a avaliação do meu trabalho. O portfólio que organizo durante o ano também é um subsídio para essa análise.
Acredito que essa prática de pensar a realidade da escola, propor ações e metas, registrar e avaliar tem ajudado na construção da minha identidade de coordenadora pedagógica e da legitimidade da minha função.
E vocês, coordenadores, fazem anualmente um plano de trabalho? Se não faz, que tal começar este ano?
Abraços, Maria Inês