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Oralidade: um eixo da Educação Infantil

A comunicação oral permeia o nosso dia a dia em diferentes práticas sociais: conversas, apresentações, explicações, entrevistas e debates, entre outros

POR:
Muriele Massucato, Eduarda Diniz Mayrink
A escola tem um papel fundamental na aquisição da linguagem. O professor sempre deve incentivar os pequenos a participarem de situações comunicativas. Foto: Gabriela Portilho

A escola tem um papel fundamental na aquisição da linguagem. O professor sempre deve incentivar os pequenos a participarem de situações comunicativas. Foto: Gabriela Portilho

No Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI), a oralidade aparece no eixo de Linguagem Oral e Escrita. No entanto, devido a sua importância e especificidades dos conteúdos de aprendizagem, prefiro sempre abordá-la como um eixo em si.

Sabemos que se expressar oralmente com clareza e autonomia está diretamente ligado às vivências do indivíduo e às oportunidades de participar ativamente como interlocutor, ouvinte e protagonista em diversas situações comunicativas. Isso porque a comunicação oral permeia o nosso dia a dia em diferentes práticas sociais: conversas, apresentações, explicações, entrevistas e debates, entre outros. Poderíamos, ainda, aumentar essa lista se partíssemos para a esfera da Arte, com a música, o teatro e a poesia.

Portanto, falar bem é uma condição da cidadania e a Educação Infantil pode trazer muitas coisas para a aprendizagem dos pequenos.

Conteúdos e objetivos de aprendizagem

Na creche, com pequenos de 0 a 3 anos, é notável a importância de conversar com os bebês e com as crianças de 1, 2 e 3 anos. Nessa etapa, a escola tem um papel fundamental na aquisição da linguagem. Por isso, as diversas situações da rotina, como brincadeiras, alimentação, troca de fralda, banho, roda de leitura e de música, são oportunidades de aprendizagem, visto que o professor fala, acolhe, convida e sugere aos pequenos que participem de situações comunicativas. Ele também deve ajudá-las a se expressar sem utilizar falas infantilizadas. Ler histórias de qualidade, ensinar músicas, parlendas e brincadeiras orais são atividades privilegiadas nessa faixa etária. Veja uma pauta de observação para o grupo de 2 anos clicando aqui.

Nas turmas de 4 e 5 anos, as possibilidades de projetos e sequências envolvendo os conteúdos de aprendizagem do eixo de oralidade ganham outra perspectiva. Como as crianças já falam, sabem comunicar seus desejos e argumentar, é hora de investir no aprimoramento das capacidades comunicativas. São bem-vindos os projetos que envolvem a memorização de poesias ou parlendas para apresentação, as brincadeiras com fórmulas de escolha (“Lá em cima do piano…”) e de bater as mãos, como “O Trem maluco” e “Adoletá”. Exposições orais para outros colegas da classe sobre temas pesquisados nos projetos de Natureza e Sociedade também são um bom motivo para envolver as crianças em situações de comunicação oral. Veja aqui um quadro de expectativas de aprendizagem que elaboramos como fruto de uma formação nesse eixo.

Para essas duas faixas etárias, o que eu considero indispensável de fazer diariamente e em todas as turmas é a roda de conversa. Mas esse assunto fica para o texto da semana que vem!

E vocês, coordenadores, como tratam a oralidade no planejamento das atividades dos pequenos da Educação Infantil?

Antes de me despedir, quero deixar meus parabéns para a revista Gestão Escolar, que completa 5 anos este mês! Durante esse tempo, recorri aos seus conteúdos inúmeras vezes, principalmente para pesquisar projetos de formação que pudessem ser incluídos nos meus planejamentos. Que maravilha será, se cada vez mais, os gestores de todo o Brasil utilizarem os diferentes materiais que são trazidos pela publicação. A Educação só tem a ganhar!

Beijos, Leninha