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A oralidade inserida nos projetos

POR:
Muriele Massucato, Eduarda Diniz Mayrink
Na turma de 5 anos, os alunos fazem uma exposição oral das pesquisas efetuadas no projeto de Natureza e Sociedade. (Foto: Gabriela Portilho)

Na turma de 5 anos, os alunos fazem uma exposição oral das pesquisas efetuadas no projeto de Natureza e Sociedade. (Foto: Gabriela Portilho)

Nas duas últimas semanas, escrevi sobre a oralidade na Educação Infantil e a importância da roda de conversa. Hoje, vou compartilhar dois projetos envolvendo atividades específicas de oralidade.

Fale e encante

Esse título acima é o sugestivo nome de um projeto desenvolvido com o grupo de 3 anos (clique aqui para acessar a proposta). A ideia é memorizar quadrinhas e ensaiar um recital para apresentar na reunião do final do primeiro semestre para os pais, que ficam encantados como resultado.

Brincar com a sonoridade das quadrinhas é o mote para as crianças recitarem em voz alta e assim aperfeiçoarem a pronúncia e a desenvoltura para expressar palavras que, usualmente, não fazem parte de seu vocabulário.

Como todo projeto, o objetivo é compartilhado com as crianças. Apresentamos assim: “Crianças, o que vocês acham de ensaiar um recital para apresentar na reunião de pais? Vocês estão sabendo recitar muito bem várias quadrinhas. Por isso, podemos fazer uma surpresa para os pais, avós, tios e outras pessoas!”.  As crianças sempre topam, é claro!

Ensaiar para apresentar para uma plateia que, de fato, estará muito interessada faz toda a diferença no envolvimento para memorizar e pronunciar o texto com desenvoltura. Nesse processo, elas ampliam suas possibilidades expressivas e a clareza na pronúncia.

Comunicação oral

Com a turma de 5 anos, organizamos uma exposição oral das pesquisas efetuadas no projeto de Natureza e Sociedade. Um relato, um seminário ou um jornal falado são possíveis formas de realização. Elas podem ser apresentadas ao vivo ou ser filmadas.

Assim como a apresentação do recital, a comunicação oral envolve ter clareza de quem serão os interlocutores e qual o propósito da atividade. Se a exposição é ao vivo, quem assiste também tem participação ativa. Isso significa que as crianças podem fazer perguntas e solicitar que o colega explique melhor alguma parte.

Na Educação Infantil, a princípio, os interlocutores são os próprios colegas, já que cada grupo pesquisa um aspecto ligado ao grande tema em questão. Quando as crianças já têm certa experiência em apresentar para os amigos, podem, então, expor para outras turmas ou para as famílias em reuniões de pais.

Abaixo, copiei o final de um projeto cujo produto compartilhado é um seminário na própria sala, tendo a oralidade como foco.

Etapa 16 – Preparar a apresentação

Orientação didática: Cada grupo (5 crianças) irá preparar a apresentação do animal pesquisado para expor aos outros grupos da sala. O professor irá ajudar a definir o que cada criança deverá falar, garantindo que todos tenham em mãos um apoio (fichas técnicas, imagens, livros ao falar sua parte). É importante, também, explicar que a apresentação será para os colegas da sala que não pesquisaram sobre aquele animal. Temos que garantir que elas entendam o que estamos falando.

Etapa 17 – Preparar a plateia

Orientação didática: Em roda, conversar com as crianças sobre a postura no momento da apresentação, orientá-las a escutar com atenção o que os colegas irão expor e dizer que, quando terminarem de falar, poderão fazer perguntas sobre o animal apresentado ou pedir que repitam alguma parte que não entenderam.

Etapa 18 – Apresentar aos colegas

Orientação didática: A professora deverá orientar as crianças a sentar em semicírculo. O grupo que irá apresentar deverá se posicionar à frente da sala e fazer a apresentação como foi ensaiado. A intervenção só ocorrerá caso alguma criança precise de ajuda, mas o momento é do grupo, portanto, é importante deixar que ele conduza a atividade.

São inúmeras as possibilidades de situações didáticas com foco na oralidade! Compartilhe conosco o que é feito na sua escola.

Um abraço, Leninha