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Os afazeres de reinício na Educação Infantil

POR:
Muriele Massucato, Eduarda Diniz Mayrink
No meio do ano, o coordenador pedagógico já conhece o grupo de professores e sabe quais são os pontos fortes e fracos. (Foto: Gabriela Portilho)

No meio do ano, o coordenador pedagógico já conhece o grupo de professores e sabe quais são os pontos fortes e fracos. (Foto: Gabriela Portilho)

Existem algumas vantagens para o coordenador pedagógico no recomeço do ano letivo. Além de ter um olhar mais focado, ser capaz de fazer reflexões mais pontuais e ter maior clareza sobre as metas a ser atingidas devido ao distanciamento de algumas semanas do dia a dia escolar, ele já conhece o grupo de professores e sabe quais são os pontos fortes e fracos.

Abaixo, listei as ações que considero pertinentes para essa época do ano.

Planejar a reunião de retorno. Acho importante ter clareza do que cada turma deve aprender até o final do ano. É bom, então, retomar as expectativas de aprendizagem de cada eixo e, junto com o grupo de professores, marcar o que já foi assegurado e o que precisa ser alcançado nos próximos meses nos diferentes níveis. Vale a pena preparar o material com base nas análises efetuadas no final do primeiro semestre.

Se fizermos isso envolvendo todos os professores da escola, temos a possibilidade de compartilhar as responsabilidades e de fazer todos se comprometerem coletivamente. Uma coisa é saber da sua turma, outra é você se sentir parte de um projeto pedagógico, compreender que o que os seus alunos aprendem ou precisam aprender estará ancorado no fazer pedagógico de cada professor do nível anterior ou posterior.

Auxiliar a revisão e a adequação dos projetos e sequências. O coordenador é o parceiro mais experiente e tem um olhar longitudinal sobre as aprendizagens. Por isso, ele será o apoiador e orientador dos professores. É na prática e com muito estudo que se aprende a fazer intervenções pertinentes e a ajudar o grupo. Por isso, antes da reunião de retorno, é preciso reler todos os planejamentos, compará-los e retomar conteúdos através de cursos, pesquisas com colegas ou na internet. De qualquer maneira, é necessário estar preparado para poder contribuir com sugestões de encaminhamentos.

Revisar e adequar o planejamento de formação dos professores. Nesta época, em geral, já temos um planejamento em mãos, feito no início do ano. Entretanto, é bom rever o que não foi alcançado no primeiro semestre e ajustar o projeto conforme as necessidades de aprendizagem e aperfeiçoamento dos professores.  É preciso ter um foco claro, definir o que precisa ser aprendido e quais estratégias formativas podem favorecer a reflexão e o impacto na prática pedagógica dos professores. O melhor a fazer sempre será refletir sobre aquilo que está acontecendo na prática da sala de aula, ler sobre o assunto, discutir encaminhamentos, combinar de levar a teoria para a prática e retomar a discussão com base em filmagens. A tematização da prática é o que, de fato, permite ao professor um olhar mais refinado nas didáticas de cada eixo.

Atendimentos individuais. A essa altura, o coordenador já sabe quais professores precisam de mais ajuda e é por eles que o agendamento de reuniões deve começar. Em geral, é muito difícil conseguir um horário para fazer orientação individual, portanto, é preciso privilegiar os que mais têm dificuldade. A ideia desse encontro é ajudar o docente, discutindo a gestão de sala de aula e os encaminhamentos pontuais com algumas crianças.

Recomeçar bem o ano letivo pode fazer toda diferença para um semestre de muitas conquistas para cada professor e cada criança. Os primeiros passos para isso são o planejamento e o profissionalismo do coordenador pedagógico.

Compartilhe conosco o que você faz nessa época do ano!

Um abraço, Leninha