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O papel do professor no momento do parque

POR:
Muriele Massucato, Eduarda Diniz Mayrink
O momento do parque também precisa de planejamento (Foto: Gabriela Portilho)

O momento do parque também precisa de planejamento (Foto: Gabriela Portilho)

Há algum tempo, participei de uma formação numa escola com um docente da área de Educação Física com especialização em Educação Infantil. Uma das primeiras tarefas que tivemos que fazer foi um trabalho de campo para observar as crianças no momento do parque e anotar do que elas brincavam.

Ao fazer o que foi solicitado pelo formador, ficamos surpresos ao ver que a lista de brincadeiras era bem pequena:

  • Futebol;
  • Brinquedos como gira-gira, escorregador e balanço;
  • Corre-corre com tentativa de organizá-lo como jogo.

Quando voltamos para a sala, o formador havia escrito uma lista enorme no quadro e nos perguntou quais daquelas brincadeiras poderiam estar acontecendo lá fora. Respondemos que todas elas poderiam. Por que, então, não aconteciam se brincar é a atividade natural da criança?

A resposta era bem simples: elas não sabiam que aquelas brincadeiras existiam!

O momento de parque também precisa de planejamento

Quem atua com as turmas de 1, 2 ou 3 anos sabe que precisará ensinar muitas coisas para os pequenos. Entre elas, está como fazer o movimento de impulso no corpo para a balança se movimentar, como se sentar e se segurar no gira-gira, como utilizar a gangorra… Enfim, mostrar como brincar corretamente e com segurança em todos os brinquedos disponíveis. Já vi professor fazer sequência de atividades para a turma de 3 anos aprender a pular corda. No final do semestre, todos tinham aprendido!

Muitas vezes, as crianças de 4 e 5 anos também precisam de orientação. Já vi muitas delas sem saber como subir e descer com autonomia do escorregador. E só descobrimos tudo isso observando a turma.

Portanto, para o momento do parque, é importante organizar e disponibilizar materiais variados, como bolas, cordas, petecas, giz para riscar amarelinha, entre outros. Isso também é intervenção pedagógica. Além disso, não vale ficar sempre sentado no pátio apenas conversando com os colegas e dando uma olhada para garantir que as crianças estão bem.

Isso não significa, porém, que o professor tem sempre que direcionar as atividades durante o momento do parque. É muito mais produtivo ensinar os jogos numa outra hora da rotina, como o tempo destinado ao eixo de Movimento. Uma vez que a turma tenha aprendido, certamente as brincadeiras acontecerão naturalmente.

Uma proposta de organização

O momento de parque é sempre mais bacana se as turmas estão juntas. Assim, todos os professores dividem a responsabilidade de supervisioná-las e orientá-las em determinados locais ou brinquedos. Para garantir que isso sempre aconteça, organizamos um cronograma semanal na escola (clique aqui para ver).

O mais importante é que as orientações de cada brinquedo ou espaço foram elaboradas coletivamente, com a presença de professores e estagiários, durante uma formação sobre a importância de brincar e a conquista da autonomia. Por isso, além de muito formativo, o documento é seguido rigorosamente por todos os educadores.

E na sua escola, existe um planejamento para o momento do parque? Compartilhe conosco!

Abraços, Leninha