Ir ao conteúdo principal Ir ao menu Principal Ir ao menu de Guias
Notícias
5 4 3 2 1

A parceria entre coordenador e professor em aulas conjuntas

POR:
Muriele Massucato, Eduarda Diniz Mayrink
A coordenadora deve ter o cuidado de se posicionar como uma parceira do professor desde o primeiro momento até a avaliação dos resultados.

A coordenadora deve ter o cuidado de se posicionar como uma parceira do professor desde o primeiro momento até a avaliação dos resultados. (Foto: Manuela Novais)

Já escrevi aqui no blog sobre como procuro ajudar os professores que têm alguma dificuldade para lecionar. Agora, quero focar uma estratégia específica que utilizo em situações como essa: a aula planejada e realizada conjuntamente. Antes de mais nada, vale dizer que isso pode ser realizado até com professores experientes. Nesses casos, a observação poderá contribuir para a ampliação do repertório de procedimentos utilizados por ele ou para ter uma maior compreensão sobre determinadas intervenções didáticas.

Tenho o cuidado de sempre me posicionar como uma parceira do professor desde o primeiro momento até a avaliação dos resultados. Sei que a simples observação da minha conduta não ensinará tudo o que é necessário. Afinal, competências profissionais não são construídas por imitação. Portanto, tomo alguns cuidados para que essa atividade seja bem-sucedida:

Preparação – Explico detalhadamente o que deve ser feito com antecedência, durante o planejamento da aula, realizado totalmente em parceria. Refletimos juntos sobre o tema, os objetivos, a forma como os alunos serão organizados, o desenvolvimento da atividade e as intervenções que deverão ser realizadas. Esse plano é feito na supervisão semanal antes do dia da aplicação.

Ser um exemplo – O coordenador deve servir de modelo para o professor. Por isso, tenho um cuidado extra com detalhes importantes como a definição do escopo da aula, a seleção do material, a escolha das estratégias e as ações realizadas em sala para ajudar os alunos a avançar em seus conhecimentos.

Observação e ação – O papel do professor durante a aula aplicada por mim não é só o de um mero expectador. Durante o planejamento, também combinamos o que cada um vai fazer na hora H. Procuro garantir que o docente tenha uma participação importante na atividade e experimente algumas das intervenções, aproveitando também para andar pela classe e ver coisas que normalmente não conseguiria verificar.

Avaliação – Uma das estratégias que utilizo para tematizar a atividade com o professor é a gravação em vídeo. Ao assistir a minha atuação posteriormente, podemos identificar as estratégias utilizadas, as reações dos alunos e as intervenções que poderiam ser modificadas (sim, porque mesmo com tanto planejamento nem sempre tudo dá certo como imaginamos).

Após todas essas ações, chega o momento do professor realizar novas atividades em sala e os papéis se invertem. Nessa hora, eu volto a ser observadora da aula dele. E continuamos parceiros, voltando ao tema em novas reuniões para sempre buscar avanços na prática de sala de aula.

E vocês, realizam parcerias assim com seus professores?

Até quinta-feira.

Abraços,

Eduarda