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A elaboração do plano de trabalho das disciplinas

POR:
Muriele Massucato, Eduarda Diniz Mayrink
Além de detectar as necessidades de aprendizagem dos alunos, os docentes precisam compreender que as modalidades organizativas podem promover aprendizagens distintas (Foto: Manuela Novais)

Além de detectar as necessidades dos alunos, os docentes precisam compreender que as modalidades organizativas promovem aprendizagens distintas (Foto: Manuela Novais)

Muitas decisões precisam ser tomadas no início do ano letivo levando em conta o percurso do ano anterior em aspectos como o conteúdo trabalhado, as condições didáticas oferecidas e os resultados alcançados. Uma delas é como elaborar o plano de trabalho na área de cada disciplina, que deve definir o que será abordado em sala de aula e quais atividades serão propostas.

Nesse período, organizo uma reunião com os professores para traçar as diretrizes do plano para cada etapa da escolaridade, levando em consideração as avaliações dos anos anteriores. Além de identificar os conteúdos que devem ser priorizados, uma das condições para a elaboração dessa pauta é o levantamento das modalidades organizativas que serão utilizadas. É tarefa do docente descobrir qual delas (as atividades permanentes, as sequências didáticos ou os projetos) se adapta melhor a cada conteúdo.

No caso de Língua Portuguesa, por exemplo, o professor deve reconhecer a diferença entre realizar um projeto de contos ou uma sequência didática de leitura de várias versões de um conto; entre a realização de atividades de leitura e escrita em um projeto ou a realização das mesmas no contexto de atividades permanentes. O trecho abaixo, retirado do Programa de Formação de Professores Alfabetizadores (Profa), do Ministério da Educação (MEC), serve de apoio a essa reflexão:

“(…) a defesa dos projetos como modalidade privilegiada de organização dos conteúdos escolares não significa que tudo passa a ser abordado por meio de projetos. É tarefa do professor identificar qual a melhor forma de abordar o que deve ensinar aos alunos: há conteúdos que não demandam um tratamento por meio de projetos, há conteúdos que não têm uma contextualização possível, há conteúdos que precisam ser sistematizados, e outros não, há conteúdos que são recorrentes em toda a escolaridade, e outros circunstanciais… O fundamental é saber que os conteúdos escolares são ensinados para que os alunos desenvolvam diferentes capacidades (ou seja, estão a serviço dos objetivos de ensino): a forma de abordá-los deve ser aquela que melhor atende ao propósito de desenvolver essas capacidades.”

Portanto, além de detectar as necessidades de aprendizagem dos alunos de cada ano, os docentes precisam compreender que, de acordo com a modalidade escolhida, as situações didáticas podem promover aprendizagens distintas. É preciso garantir o equilíbrio e a diversidade das atividades, tendo em vista que elas podem cumprir diferentes propósitos e objetivos. Definidos os conteúdos e a forma de ensiná-los, o plano semestral estará pronto para ser colocado em prática.

E vocês, como elaboram o plano de trabalho para o primeiro semestre?

Um abraço e até a semana que vem,

Eduarda