Já escrevi inúmeras vezes que o papel do coordenador pedagógico é auxiliar e apoiar os professores nos encaminhamentos da sala de aula a fim de assegurar a qualidade pedagógica das diferentes situações de aprendizagem. Esse trabalho deve acontecer o ano inteiro, mas considero que o início do segundo semestre é um dos momentos chave para isso, porque muito já foi feito e ainda há bastante tempo até o final do ano para melhorar. Essa época também é boa para mapear quais professores e quais crianças precisam de uma ajuda pontual.
Acredito que uma boa estratégia para qualificar a prática dos professores, seja porque as abordagens feitas não estão surtindo efeito, porque eles estão se adaptando à proposta pedagógica da escola ou simplesmente porque querem trocar ideias sobre seus encaminhamentos, é realizar atendimentos individuais. Nessas conversas, o objetivo é saber sobre o andamento das turmas e focar nos alunos que, por algum motivo, estão gerando preocupação.
Antes da reunião, oriento o profissional a eleger sobre o quais aspectos do trabalho ele quer conversar, a separar os registros sobre as ações dele e sobre os pequenos e, se for necessário, algumas produções feitas por eles. Reservo um local tranquilo para que nada nem ninguém nos atrapalhe durante o momento de escuta atenta de suas preocupações e observações.
Percebo que, só de eleger quais casos serão tratados e de relatar para outra pessoa algum ponto que pareceu problemático, os professores já fazem uma reflexão sobre suas conquistas e interação com a turma e conseguem encontrar bons encaminhamentos. Isso acontece porque a mudança de perspectiva permite o profissional se distanciar do cotidiano e olhar mais criticamente para o próprio fazer. No entanto, às vezes o desafio é mais complexo. Nesses casos, procuro dar sugestões e dizer quais serão os encaminhamentos, entre eles ajudar o professor a planejar situações didáticas específicas para a turma ou para uma criança, ir mais vezes observar a sala de aula e conversar com a família para ter mais informações. Quando estou em dúvida sobre a melhor abordagem, anoto tudo para refletir e dar um retorno posteriormente. Muitas vezes, busco ajuda de docentes de outros anos ou mesmo de colegas coordenadoras para discutir o assunto.
Depois de conversar com todos os membros da equipe, abro uma pasta para cada professor no meu computador e registro num arquivo tudo o que eles me disseram e os encaminhamentos tirados daí. Envio esse documento para o docente com uma coluna para que ele anote de que forma as ações estão sendo postas em prática em sala. Conforme a necessidade, retomamos a conversa dentro de alguns dias ou semanas. Quando são casos mais desafiadores, acompanho mais de perto todo o processo.
E vocês, como apoiam os professores em suas dificuldades particulares?
Um abraço, Leninha