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Como trabalhar a avaliação na formação dos professores

POR:
Muriele Massucato, Eduarda Diniz Mayrink
Construir boas avaliações requer um preparo técnico e uma capacidade de observação dos profissionais envolvidos. (Foto: Manuela Novais)

Construir boas avaliações requer um preparo técnico e uma capacidade de observação dos profissionais envolvidos. (Foto: Manuela Novais)

A avaliação é definida como a análise da relação entre as condições oferecidas pelo ensino e as aprendizagens adquiridas pelos alunos. Como parte integrante do processo educacional, ela deve estar presente na rotina de formação continuada elaborada pelo coordenador.

Segundo Philippe Perrenoud (1999), a avaliação é um processo mediador na construção do currículo e se encontra intimamente relacionada à gestão da aprendizagem dos alunos, seja ela pontual, diagnóstica ou contínua. Já que o ensino é um trabalho cooperativo entre coordenador e professor, a avaliação precisa ser pensada em conjunto, garantindo que os objetivos e as metas propostos para cada série sejam cumpridos. Esse processo se realiza com base na análise do que ocorreu nas séries anteriores e nas situações de sala de aula.

Mas o que está por trás do termo avaliar? A avaliação é um processo natural para que o professor identifique os conteúdos que foram assimilados pelos alunos, assim como diagnosticar se as metodologias de ensino adotadas estão colaborando com a aprendizagem deles. Há muito tempo, avaliar significava apenas aplicar provas, dar notas e classificar os estudantes em aprovados e reprovados. Essa visão está sendo modificada aos poucos, e é papel do coordenador colocar esse tema em discussão na formação dos educadores. As conversas precisam contribuir com o entendimento de que avaliar é um processo pedagógico contínuo, portanto, que ocorre dia após dia, buscando corrigir erros e construir novos conhecimentos.

Para isso, os docentes precisam conhecer diferentes maneiras de avaliação que podem ser incorporadas na rotina como métodos de observação, instrumentos de registros dos conhecimentos dos alunos em diversas situações, análise de produções das crianças e jovens e vídeos de situações didáticas para verificar as interações entre as crianças. Outro aspecto importante é aprender a aprimorar as provas, tanto na compreensão mais ampla do que elas representam, como na própria elaboração desse instrumento.

Construir boas avaliações requer um preparo técnico e uma capacidade de observação dos profissionais envolvidos. Portanto, para organizar um plano de formação sobre o assunto, levo em conta alguns aspectos importantes que podem ser diagnosticados observando a prática do docente: O que sabem os professores sobre o processo de avaliação? Como identificam as necessidades de aprendizagem dos alunos? Que instrumentos utilizam para avaliar o que acontece na rotina da sala? Eles conhecem o conteúdo da série que atuam e as metas estabelecidas pela escola?

Com base nessas questões, é possível elaborar um estudo com os professores considerando os seus conhecimentos prévios e os seus instrumentos de avaliação. Também é essencial avaliar os registros de acompanhamento dos alunos e, a partir deles, identificar estratégias que podem ajudar as crianças a superar as suas necessidades. Ao final da formação, um bom caminho é construir junto com os docentes alguns modelos de referência.

Multiplicar os espaços de diálogo na escola e pensar sobre como os resultados das avaliações podem gerar novas e criativas práticas pedagógicas é uma ação importante que deve ser planejada pelo coordenador. E vocês, que ações realizam para aprimorar as avaliações na sua escola?

Um abraço,

Eduarda