Ser um educador nos dias de hoje exige muito mais do que conhecimento sobre sua área de atuação. É preciso ensinar a pensar, desenvolver competências, estimular e potencializar habilidades dos alunos. Mas, para isto, o docente precisa quebrar antigos paradigmas da escola tradicional, deixando de ser somente um transmissor de informações e transformando as tecnologias em aliadas do seu trabalho.
O professor é um aprendiz permanente, ao mesmo tempo em que é um organizador da aprendizagem. Esta última não pode se transformar apenas em um meio de transmissão de informações, mas deve ser uma construção colaborativa de conhecimento.
As tecnologias já estão incorporadas no dia a dia de alunos e professores de qualquer escola. E, cada vez mais, estão presentes nas salas de aulas do mundo todo como recursos a ser explorados. Os estudantes são receptivos a elas, mas… e os professores?
Responsáveis por fazer a conexão dos recursos tecnológicos com os conteúdos dos currículos pedagógicos, é importante que os docentes se sintam seguros e sejam preparados para usá-los. Fazer com que essas ferramentas de fato auxiliem o ensino e a produção de conhecimento em sala de aula não é tarefa fácil.
O que o diretor e o coordenador pedagógico podem fazer para incentivar e aperfeiçoar o uso das tecnologias dentro da escola? Qual a relação entre o processo de ensino e de aprendizagem do aluno e a formação dos professores para a utilização dessas ferramentas? Como os alunos concebem o uso desses recursos na Educação?
Para um processo de inclusão tecnológica, considero importante iniciar com ações que contribuam para o trabalho do professor em atividades que ele já realiza, para que ele se sinta mais confortável ao aplicá-las na prática. Mas também é nosso papel apresentar ferramentas que se adequem às necessidades de avanço dos docentes. Essas devem enriquecer a aula, se articulando com as informações a ser transmitidas e utilizando estratégias que aproximem o aluno de um aprendizado prazeroso.
É preciso, portanto, mostrar quais são as opções e as possibilidades de uso. Para atingir esse objetivo, uma sugestão é realizar oficinas levando em conta o planejamento do corpo docente. Devemos diagnosticar quais são os conhecimentos de cada professor, o que já utilizam e descobrir suas potencialidades de maneira que o próprio grupo conduza o conteúdo, organizando a formação entre eles.
Há também outras estratégias. Quando realizo uma reunião com os professores, costumo usar ferramentas que gostaria que eles trabalhassem com seus alunos. Utilizo, por exemplo, pequenos vídeos, edito momentos interessantes para discutir com os pais, organizo apresentações sobre conteúdos e pesquiso dados na internet. Para preparar tudo isso, procuro programas e sites que já trazem modelos interessantes de recursos. É preciso estimular a familiaridade da tecnologia com a rotina, deixando o docente mais confiante e também com vontade de aprender e replicar as ações.
Mudar hábitos requer acordo pedagógico, frequência de uso, formação e acompanhamento. Cuidar desse aspecto como conteúdo de formação é um bom caminho para estimular o interesse dos professores, melhorar a qualidade das aulas e garantir a aprendizagem dos alunos.
Eu tenho investido muito nesse aspecto e vocês?
Abraços,
Eduarda.