Ir ao conteúdo principal Ir ao menu Principal Ir ao menu de Guias
Notícias
5 4 3 2 1

Forme professores para trabalhar com jogos matemáticos

POR:
Muriele Massucato, Eduarda Diniz Mayrink
Menino joga dados durante jogo matemático (Foto: Gabriela Portilho)

Jogos matemáticos possibilitam uma situação real e significativa de aprendizagem (Foto: Gabriela Portilho)

Muitos jogos matemáticos envolvem recitar os números, contar, quantificar e interpretar escritas numéricas. Outros possibilitam o uso de registros e estimativas, a comparação de quantidades e a utilização de estratégias para ganhar. No entanto, o comum e o mais bacana de tudo isso é que o jogo na sala de aula possibilita uma situação real e significativa de aprendizagem. Para participar ativamente da atividade, as crianças experimentam, executam e elaboram pensamentos matemáticos em diversos níveis de complexidade.

O desafio para o professor é possibilitar o protagonismo de todos da turma. Afinal, participar de jogos e brincadeiras só é legal se você tem um papel ativo e compreende ou quer compreender como funciona aquela atividade que tanto diverte você e os seus colegas. Mas como fazer isso? Bem, o fundamental é que cada docente aprimore continuamente a ação pedagógica.

Discutindo com outras colegas formadoras sobre como o encaminhamento e as intervenções feitas pelo professor impactam na aprendizagem dos pequenos antes e durante os jogos, elaborei algumas orientações para nortear o planejamento de uma formação sobre o assunto.

  • Conhecer bem o jogo. Para propor um jogo para as crianças, é necessário praticá-lo várias vezes para saber todas as possibilidades de aprendizagem que ele permite. Os momentos de formação são ótimos para que os professores joguem e discutam coletivamente os conteúdos envolvidos. Cabe ao coordenador fazer uma sistematização das reflexões e das orientações didáticas, junto com o grupo de professores.
  • Assegurar que todas as crianças possam jogar. No planejamento, é preciso considerar se o jogo será proposto nos cantos ou no momento de atividade coletiva. A decisão depende da existência de material para todos ou apenas para um grupinho de cada vez. Além disso, o professor precisa pensar se ele precisa estar junto ao grupo para ensinar como se joga e fazer alguma mediação ou se as próprias crianças se regularão.
  • Observar e analisar. A observação atenta das jogadas e estratégias utilizadas pelas crianças ajuda o docente a conhecer os saberes da turma. Oriente o professor a manter um registro atualizado e a consultá-lo sempre para refletir se está propiciando desafios interessantes para todos os alunos.
  • Intervir na medida certa. A interferência constante deixa o jogo chato e sem sentido para os pequenos. O professor precisa respeitar o processo de cada criança, pois é jogando e vendo as jogadas dos colegas que ela aprenderá ou aperfeiçoará as estratégias. Saber quando e como mediar pode ser aprendido durante uma tematização de boas situações reais de sala de aula, função que caberá ao coordenador nas formações.

Poderíamos continuar elencando uma série de saberes dos professores, incluindo os conhecimentos sobre a teoria, sobre os conteúdos de aprendizagem da Matemática e sobre as tarefas do coordenador também. Mas que tal você aperfeiçoar essa lista de orientações e compartilhar nos comentários?

Um abraço, Leninha