Não há como negar: ser um leitor assíduo é fundamental para adquirir conhecimento e, assim, compreender mais profundamente o mundo que nos cerca. Quem pratica a leitura exercita o raciocínio e a visão crítica, modifica seu modo de pensar, agir e falar. E o papel da escola é ajudar os alunos, desde cedo, a desenvolver a competência leitora e o gosto por essa atividade.
O professor precisa estar bem preparado não apenas para ensinar, mas para ser uma referência, transmitindo o entusiasmo e a força das experiências que possui como leitor. É neste ponto que entra o papel do coordenador, que deve incentivar e refletir com os docentes sobre as melhores práticas nessa área. Por isso, a questão foi uma das minhas primeiras preocupações ao elaborar o plano de formação.
Para diagnosticar o que os professores sabiam e qual era a relação deles com a leitura, resolvi fazer uma análise geral baseada na observação das classes. O resultado é que as atividades ficavam muito presas ao livro didático.
Comecei, então, a me questionar: do que os docentes precisam para ensinar a gostar de ler? Por que ficam presos aos livros didáticos se temos obras de todos os tipos aqui na escola? Com base nessas questões, elaborei uma atividade em que eles deveriam preparar uma aula pensando nas necessidades de seus alunos e apresentá-la aos colegas. Minha intenção era verificar os critérios que utilizavam para selecionar materiais apropriados para cada faixa etária. Também queria descobrir de que maneira esses textos seriam abordados.
Ao final do exercício, ficou claro que muitos priorizavam o livro didático por não saber escolher e apresentar adequadamente outros tipos de texto. Notei, ainda, que uma das razões desses problemas era a falta do hábito de ler. Aliás, boa parte da equipe demonstrava dificuldade em realizar até mesmo as leituras pedidas como tarefa da formação. O meu desafio, portanto, era incentivar os próprios professores a ser amantes da leitura.
Para isso, selecionei livros diversos e criei momentos para que o ato de ler fosse praticado significativa e prazerosamente. Fui à biblioteca da escola e escolhi obras de diferentes gêneros, úteis tanto para as aulas como para proveito pessoal.
Além de oferecer livros da própria escola, fizemos uma roda de empréstimo e apreciação: cada participante levava uma obra importante para ele e a apresentava a todos. Essa permanente circulação de textos seduziu os professores que, por sua vez, se tornaram mais capacitados para incentivar os alunos.
E você, o que pensa sobre o papel do coordenador como incentivador da leitura na escola? Compartilhe suas experiências com a gente!
Um abraço,
Eduarda