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Como colaborar com a preparação da sondagem na Alfabetização

A sondagem propicia um acompanhamento próximo dos avanços na aquisição de conhecimento e é o primeiro momento de parceria entre o docente e os alunos

POR:
Muriele Massucato, Eduarda Diniz Mayrink
Um diagnóstico preciso sobre as hipóteses de escrita dos alunos é fundamental para ajustar o planejamento às necessidades de cada um    Crédito: Manuela Novais

A primeira tarefa que um professor alfabetizador precisa cumprir, nos primeiros contatos com a turma, é a chamada sondagem inicial. Esse instrumento permite identificar o que cada criança sabe sobre o sistema de escrita e, com base nisso, adequar o planejamento das aulas às necessidades de aprendizagem. A sondagem propicia um acompanhamento próximo dos avanços na aquisição de conhecimento e é o primeiro momento de parceria entre o docente e os alunos. Além disso, proporciona à turma uma oportunidade de refletir sobre aquilo que escreve.

Em geral, a sondagem ocorre por meio de uma atividade simples: o professor solicita que o estudante escreva algumas palavras, em forma de lista, do mesmo campo semântico. Durante a aplicação da atividade, o docente observa como a criança escreve e lê o que escreve. Assim, é possível descobrir em qual hipótese de escrita o aluno se encontra.

De posse dos resultados, professor e coordenador precisam analisar os dados e, se necessário, revisar metas e expectativas de aprendizagem. Mas o papel do coordenador não se restringe ao momento posterior à sondagem. Ele precisa garantir que a equipe esteja bem preparada para dar conta dessa importante etapa inicial. Por isso, creio que alguns pontos são essenciais.

Em primeiro lugar, você, coordenador, deve identificar quantos professores conhecem os métodos de sondagem inicial. É importante saber se há docentes que ainda não se apropriaram dos instrumentos de avaliação diagnóstica e listar as dúvidas deles para saber quais conteúdos precisam ser retomados na formação. Com base nessas informações, é possível:

  • Observar aulas e selecionar bons trechos para tematização;
  • Debater com os professores os modelos de atividades diagnósticas existentes;
  • Organizar uma reunião em que todos possam analisar produções de alunos e assistir a vídeos de sondagens realizados com crianças em diferentes hipóteses de escrita;
  • Planejar coletivamente uma boa sondagem, definindo critérios para a seleção das palavras que serão ditadas;
  • Identificar que tipos de intervenção podem ser realizadas e quais não contribuem para que os alunos avancem na escrita;
  • Tabular os dados sobre cada criança, pois o registro criterioso ajuda os docentes e familiares a compreender o desenvolvimento da criança.

Outra sugestão é construir com o corpo docente um guia com orientações sobre como organizar uma boa situação diagnóstica. Este pode ser um bom produto final do processo formativo que vocês desenvolverão em conjunto.

E você, como orienta e organiza diagnósticos nesta fase inicial do ano letivo?

Um abraço!

Eduarda