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Proposta de formação sobre a leitura feita pelo professor alfabetizador

POR:
Muriele Massucato, Eduarda Diniz Mayrink

O momento da leitura precisa ser uma prática diária com objetivos claros e lugar de honra na rotina. Foto: Manuela Novais

Em minha experiência como coordenadora pedagógica, já observei diversos professores realizando leituras para seus alunos, e percebo que muitos têm dúvidas de como fazer isso da melhor maneira. Há diferença entre ler e contar? Como deve ser a leitura? Quais intervenções podem ajudar os alunos a interagir com o texto? O que fazer quando aparece uma palavra desconhecida? Como deve ser o ambiente?

Alguns profissionais até conhecem recursos variados, mas não sabem como utilizá-los na prática, ou cometem erros. Por exemplo: há professores que trocam algumas expressões ou palavras do texto escrito, justificando que a turma não entenderia se eles lessem do jeito que está escrito.

Além disso, o momento da leitura ocupa, às vezes, espaços pouco privilegiados na rotina. Entra apenas como um meio de acalmar a sala, ou no finalzinho do dia, quando sobra tempo. Há professores que fazem essas atividades de forma improvisada, sem planejamento prévio.

Diante disso, como o coordenador pode ajudar a equipe a sanar esses problemas?

Uma estratégia que costumo utilizar é a tematização da prática, que consiste em filmar professores da escola lendo para seus alunos e analisar a gravação depois com o grupo todo. É importante planejar bem a atividade que será gravada, para que ela ofereça boas situações para reflexão. O coordenador precisa assistir ao vídeo com antecedência e definir o foco da discussão que será feita coletivamente.

Na análise do vídeo, dois elementos precisam ser destacados: a organização do ambiente e as intervenções do professor, especialmente o seu comportamento como leitor. Aos poucos, a equipe pode construir registros sobre o que funciona melhor.

Outra estratégia formativa é realizar uma leitura para os professores e pedir que eles observem e anotem detalhes do procedimento. Para isso, o coordenador fará o papel de um professor leitor, levando em consideração a escolha do texto e as intervenções que serão realizadas. Depois, os docentes compartilham suas observações com a equipe para chegar a uma síntese de comportamentos adequados ao momento da leitura para os alunos.

O mais importante é que todos percebam que a roda de leitura precisa ser uma prática diária com objetivos claros e lugar de honra na rotina. Os professores devem se dar conta que ela é parte importante do processo de alfabetização.

E você, coordenador, já fez alguma formação sobre essa prática na sua escola? Conte como foi a experiência!

Um abraço,

Eduarda