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Você conhece os livros e os materiais disponíveis na escola?

Um dos aspectos do trabalho do coordenador é conhecer e divulgar os materiais e os livros disponíveis na escola

POR:
Muriele Massucato, Eduarda Diniz Mayrink
Coordenadora consulta acervo de livros e revistas na escola

Além de avaliar os materiais por conta própria, coordenador pode trocar informações com colegas de outras escolas e a equipe técnica da Secretaria (Foto: Gabriela Portilho)

O dia a dia de um coordenador pedagógico é intenso. São tantos afazeres e demandas que, muitas vezes, deixamos de reservar um tempo para nos debruçar sobre alguns aspectos. Um deles é conhecer e divulgar os materiais e os livros disponíveis na escola.

Recentemente, tive acesso a uma obra que chegou às escolas públicas através do Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE), em 2013-2014, chamada O trabalho do professor na Educação Infantil. O livro, organizado por Zilma Ramos Oliveira, tem textos muito preciosos sobre o histórico dessa etapa e oferece exemplos e sugestões bem claras de currículos elaborados para os pequenos. O capítulo “A construção de ambientes de convivência e aprendizagem nas instituições de Educação Infantil”, por exemplo, foca nosso olhar para os ambientes da escola e no quanto privilegiamos ou não o brincar.

Essa obra é o tipo de leitura que situa o profissional que atua no segmento e que pode ser utilizada para qualificar o fazer pedagógico na sala de aula. Por isso mesmo, achei que valia a pena indicá-la numa formação que eu estava fazendo com professores de escolas públicas da região do Vale do Paraíba. Qual não foi a minha surpresa ao ver que a maioria dos docentes nem sabia que aquela obra fazia parte do acervo da instituição em que trabalhavam e que havia sido enviada justamente para eles?

Escrevendo esse texto, me lembrei também de outra situação que eu mesma vivi. Em 2012, chegou à escola em que eu era coordenadora uma caixa do projeto TRILHAS, do Instituto Natura, que tem o objetivo de trabalhar com leitura, escrita e oralidade. Inicialmente, não entendi muito bem a proposta e, por isso, deixei tudo guardado, sem uso, por algumas semanas. Só fui explorar o que havia recebido no recesso escolar. Foi então que ficou claro para mim como aquele material poderia ser colocado em uso de maneira significativa.

Pois é… Diante dessas histórias, pergunto: vocês sabem quais obras estão guardadas e deixando de ser utilizadas?

Apesar da rotina intensa de um gestor, seja ele coordenador ou diretor, sem dúvida cabe a ele estar atento aos materiais que já existem ou que chegam à escola. Quando se trata de livros de histórias, eles devem ser disponibilizados imediatamente para os professores, que os analisam e incorporam ou não no acervo que mantêm em sala de aula. Já no caso de materiais que se destinam à formação da equipe, o ideal é encontrar um tempo na rotina para avaliar se eles são bacanas, se podem ser usados na formação ou se devem ser divulgados como material de consulta para os docentes.

Um bom jeito de fazer essa avaliação é conversar com colegas coordenadores e com a equipe técnica da Secretaria de Educação para trocar informações a respeito das obras. Outra maneira interessante, e que eu já utilizei várias vezes, é pedir a um professor que analise um material e compartilhe o que foi percebido com todos. Quando eu fazia essa solicitação, orientava o docente a fazer um parecer profissional, elencando suas considerações.

Além de avaliar os materiais, outro ponto fundamental é deixar tudo o que existe na escola visível e disponível para a equipe. Nada de colocar em armários fechados ou em salas que o professor não tem acesso, combinado?

E você, está a par de todos os materiais que existem na escola? Você e a equipe estão fazendo bom uso dele?

Um abraço, Leninha